a vida me conta histórias, me encanta a cada esquina, a cada rua me surpreendo. é contínuo: com as árvores com que me encontro, com as pessoas para as quais dirijo meu olhar. ando ao léu, às vezes indo para o ceu outras em direção ao inferno. a gente pensa. logo, sente angústia. e então é esse oscilar frequente, esse bioritmo, essa sensação sempre estranha - um périplo pela paixão e pela ausência dela. mas, a essência disso tudo repousa na promessa, na insinuação inominada de uma certeza de que tudo vai dar certo. do fundo do coração. o beijo é bom, o abraço é carinhoso, o corpo não é culpa, não é máquina, não é negócio. é só festa, como deve ser. e segue o baile. assim parecem ser as coisas. pelo menos parecem simples, pelo menos parecem doces, pelos menos assemelham-se àquela bondade infinita que queremos ter, de não pensar mal dos outros, de querer bem a todos, falar com todos, silenciar, ouvir, compartilhar. a noite ainda avança, melhor: recém começa. caem noites dentro ...