De vez em quando, penso que eu bem poderia ocupar este espaço com mais senso, devanear menos - como querem amigos meus -, fazendo críticas aos governos, que não se incomodam com as pessoas mendigando comida e carinho, revirando e rasgando sacos de lixo seletivo, roubando para comer. Mas, confesso - e peço que me desculpem -, meu estro não é esse. * * * Penso, também, que deveria discorrer sobre questões da saúde pública, direcionando meus escritos para o drama das mães que levam os filhos cobertos de sarna aos hospitais, crianças com cinco meses e 2,5 quilos, futuros ameaçados pela falta de cuidados básicos e de orientação. Podia citar casos, por exemplo, de mães que passam erva-mate nos "países baixos" dos filhos, achando que as assaduras seriam curadas, desconhecendo que água e sabão é o remédio mais garantido nesse Brasil defenestrado pelas bulas e pelo pouco caso com os pacientes (em todos os sentidos) brasileiros. Mas, reconheço, esse assunto foge de minha alçada e c...