Certa feita, em uma
entrevista1, ele disse que “ter vindo de um lugar fronteiriço”
determina possibilidades de construções a partir de imagens como elemento
principal da obra, o que aumenta em muito a possibilidade criativa da
utilização da metáfora pelos poetas modernos. Este lugar é Uruguaiana, cidade
situada no extremo ocidental do Rio Grande do Sul, na fronteira fluvial com a
Argentina e o Uruguai, e as referidas construções imagéticas em MARCO DE MENEZES podem ser vistas nos
livros As Horas Dragas (1999), Pés
de Aragem (2007), Fim
das Coisas Velhas (2009) – vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura nas categorias Poesia e Livro
do Ano em 2010 –, Ode Paranoide (2010),
Pequena madrugada antes da
meia-noite (2016) e em Como
se constrói uma melancolia de domingo, plaquetes que publicou em conjunto
com Natalia Borges Polesso (Pé Atrás)
e André Ricardo Aguiar (Curriculum
Vitae) em 2018.
Nascido em 4 de junho de 1968, leitor de T.S. Eliot, Oswald
de Andrade, Paulo Leminski, Ana Cristina César, Charles Baudelaire, Jorge Luís
Borges e outros tantos poetas, assim como de prosadores como Joseph Conrad,
Franz Kafka e Paul Auster, Marco não
acredita que exista um mundo delimitado entre o interno e o externo. Por isso,
sua poesia, embora não tenha um aparente tom confessional não deixa de
expressar, nos versos que compõe, a relação humana tal como entende que seja,
ambígua, incerta, precária, para ser sentida, mesmo que antes de compreendida,
seguindo a trilha de um dos poetas citados, Eliot. E se desconcertar o leitor
com o senso de precariedade e dúvida, melhor ainda. Em 1997, Marco ganhou o 1º
lugar no Concurso Anual Literário de Caxias do Sul; em 1998, o Concurso de
Contos, Crônicas e Poesias de Caxias do Sul; no mesmo ano e no seguinte,
participou do Projeto Poemas no Ônibus, promovido pela Secretaria Municipal de
Cultura de Porto Alegre. Mas tem muita poesia de Marco Antonio Goulart Menezes Júnior
espalhadas por páginas de revistas, de papel e virtuais... basta aventurar-se. Em
2000 esteve presente na coletânea Matrícula
2, organizada por Eduardo Dall’Alba. Em 2011, foi patrono da 27ª Feira do
Livro de Caxias do Sul. De acordo com o poeta Flávio Ferrarini (1961-2015),
Marco “sabe expor sua inquietude em uma lírica de fundo, às vezes cosmológica,
às vezes mística” (in 1998). Para Dall’Alba, na apresentação do livro de 2007, o
médico “Marco é um poeta para ser lido com os olhos no horizonte”. Por certo
com a possibilidade de, a partir de Caxias, onde mora, ou de Uruguaiana, sobre
o chão batido e com o cusco ao lado, perder-se de vista pela campanha... (A
partir de MENEZES, 1998; 2007; 2010; SCHNEIDER in http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?cid=5661;
ZINANI, BERTUSSI, SANTOS, 2006; https://homoliteratus.com/breve-fala-sobre-um-marco/)
leia mais em http://leiturasnamadrugada.blogspot.com/
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