Trinta anos sem o
poeta Paulo Leminski
Dia para lembrar o que dizia Leminski sobre o
escrever (entre outras considerações): aproximar o conceito de inutensílio atribuído à poesia como
teoria estética, para falar das estrelas, dos animais, da natureza.
Como no poema da árvore, em Caprichos e Relaxos – sujeita às
condições climáticas e observações metafóricas, a árvores “está apenas”, assim
como a poesia, “território de liberdade, da beleza pura”, não está a serviço de
causa alguma.
Em constante oposição e polêmica, mas com
muito amor pelo fazer poético, o curitibano nascido em 24 de agosto de 1944 traçou
uma bibliografia inquietante e de leitura fácil à primeira vista, intrigante
quando se percebe a sutileza com que ele arranja as palavras.
Poeta das surpresas, Leminski demonstra
domínio de linguagens e do fazer poético; irônico e observador, polemista,
desconstruiu utopias de sua geração ao lembrar que elas existem. (De Leminski: o samurai-malandro, EDUCS,
2009).
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