Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2012

deu!

a caminho de casa lembrança e alguma esperança

domingo

bem -te -vi lembrei de ti * * * PASSAGEIRO as tardes e os domingos as paixões nossa           tudo muito ligeiro!

paródia brechtiana

querem nos fazer parar de fumar querem nos fazer parar de beber querem nos fazer parar de amar querem nos fazer parar de ser querem nos fazer parar de pensar querem nos fazer parar de viver e agora? o q fazer?

muito além

pensei em te escrever em te ligar em te esquecer agora, já passa da hora, e nem nisso sou original. vou dormir talvez sonhar           mergulhar em um pesadelo sem igual. são apenas palavras, eu sei, mas o q fazer se quando penso não consigo entender? se quando sinto não consigo pensar? melhor esquecer? * * * HE, HE, HE... vem q te espero vem q me inflamo vem q te quero vem q te amo nem q eu esqueça minha idade ou minha identidade * *  * sei q o vento soprará      q chuva molhará      q o sol aquecerá mas não sei o q será

hoje escrevi um poema

sozinho na cidade ausente me sinto contente * * * eles não sabem mas       transgredi enfim,           sorri * * * têm dias assim com cheiro de jasmim e têm dias                  q só espero o fim

solo

COÇA A BARBA E SOLTA A FUMAÇA 2 perdi meu amor e a vontade de chorar apenas olho a noite                               a tragar * * *   vorazes nossos momentos fugazes * * * guardo teu anel como lembrança da esperança * * * amor ardor a dor * * * chora o céu a chuva é mortalha quando falha                      a consciência

coça a barba e solta a fumaça

em frente ao computador, ele hesita. o cheiro do incenso emaranha-se na voz melíflua de chet baker, enquanto ele observa um pequeno trecho da esquina pela persiana estragada. automóveis demarcam sua presença, em aceleradas, buzinadas e sonoridades, e fazem a poeira da rua subir até o apartamento. em frente ao computador, ele hesita. não é a primeira vez, mas desta vez, ele sente o gosto nauseante do fracasso tomar conta do seu corpo. há pouco, havia acessado uma das redes sociais da qual faz parte e, de novo, a sensação de inutilidade foi avassaladora. mensagens retardadas de fé, mantras industrializados de felicidades, posts de animaizinhos q beiram a imbecibilidade... todos chafurdados no pântano da mediocridade tecnológica de tempos espamódicos e inúteis - assim como ele. reviu mensagens antigas em seu e-mail, revirou as prateleira atrás de um livro q contivesse o q precisava ler, já q para ouvir restava o lamento de baker - enquanto a bandeja de cds não desse lugar para os

hiato

caroline me liga na segunda e me convida para uma entrevista. na terça à noite. digo a ela q estarei na ucs pela manhã, mas ela insiste, pois alega só poder estar presente no horário proposto. ok, vamos facilitar a vida dos alunos, no problems ! embarco no azulzinho, depois de passar pela locadora e pela padaria - onde, uma vez mais, me indigno com o troco arrendodado para mais - e subo "a montanha". é cedo e dirijo-me a outro bloco, não o combinado, para resolver outras questões. lá encontro dois alunos, chay e cássio, e ficamos a conversar, atualizando as novidades. e todas as perspectivas da profissão e soluções para o encaminhamento dos futuros profissionais são evocadas em breves instantes sob um garoa fina q umedece a primavera - papo normal, com a transcendência e a concretude afim do campus. em seguida, toca o telefone, peço licença, atendo e é minha entrevistadora. pensei: ih, vai ver, cancelou. nada, diz q vai me encontrar onde estou e, então, eu aguardo.