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Mostrando postagens de maio, 2019
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Um dos mais populares autores do underground estadunidense, GILBERT SHELTON nasceu em 31 de maio de 1940, no Texas. Durante um tempo, o desenhista, formado em ciências sociais, foi “professor de segundo grau e humorista de jornal universitário”, contam Patati e Braga, mas “acabou se engajando muito mais no mundo editorial e de desenho de humor” (2006, p, 106). A irreverência de Shelton se fez presente já primeiro personagem criado por ele, o Wonder Wart-Hog , o “Suíno de Aço”, uma paródia do Super-Homem a partir da história de um porco “possuidor de um pênis ‘desvantajado’ e de um apetite sexual neurótico” 1 , publicada em 1965 na revista Help (do criador da Mad , Harvey Kurtzmann,1924-1993), além de ser “machista, reacionário, repressor e chauvinista”, como lembra o jornalista/escritor Eduardo “Peninha” Bueno (in SHELTON, 1986). Na sequência, movidos a sexo, drogas e rock’n’roll, acrescido de muito álcool, festas e debates políticos, e dotados da capacidade de não fazer nada,
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Artista plástico, músico e compositor, autor de videogames interativos e de livros infantojuvenis, e arte-educador, além de atuar na imprensa escrita antes de ingressar na TV, onde chegou a participar da TV Rá-Tim-Bum (canal de TV fundado em 2004, que pertence à Fundação Padre Anchieta). Este é DANIEL AZULAY , que, em 1968, criou a tira de jornal Capitão Cipó e, em 1975, a Turma do Lambe-Lambe . Nascido em 30 de maio de 1947, foi um dos criadores da abertura do Jornal Nacional (1972-1974) e, no final dos anos 70, apresentou um dos quadros do programa Pirlimpimpim , nas emissoras TVE e TV Cultura – que depois migrou para a TV Bandeirantes, onde permaneceu até 1992; A Turma do Lambe-Lambe é o seu maior sucesso, que se transformou em livros, show de teatro e discos, além de álbuns de figurinhas, bonecos, brinquedos e roupas. As 20 edições da revista em quadrinhos da Turma foram publicadas entre 1982 e 1984, pela Editora Abril, só que as histórias foram desenhadas pela equipe d
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No universo das histórias em quadrinhos, o nome de Alex Raymond (1909-1956) não é nem um pouco alienígena, mesmo entre quem não gosta muito de ficção científica, assim como na cena do romance policial noir dos anos 1930, da Lei Seca, dos crimes e das quadrilhas organizadas, DASHIELL HAMMETT se destaca nas prateleiras do gênero. O escritor estadunidense, nascido em 27 de maio de 1894, criador do irresistível detetive Sam Spade, aventurou-se pelas páginas dos jornais com o personagem X-9, um detetive durão no estio pulp fiction , para bater de frente com Dick Tracy , de Chester Gould (1900-1985), elogiadíssimo por ninguém mais, ninguém menos, que o cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993). Foi um dos últimos trabalhos de Hammett, que teria morrido “louco e destruído”. Ele escreveu a série entre 22 de janeiro de 1934 a 16 de novembro de 1935, para o Evening Journal – foram oito histórias ao total, embora o personagem tenha sobrevivido nas mãos de outros roteiristas e ilustr
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Frank Cappa é um repórter outsider, “não é um herói, mas apenas uma testemunha dos acontecimentos, um mercenário das notícias, que exerce a sua profissão em qualquer ponto do Globo” – e as reproduz com o subtítulo “Memórias de um correspondente de guerra”. Assim procura definir-se o personagem de MANFRED SOMMER , nascido em 27 de maio de 1933 em San Sebastian, na Espanha, filho de pai alemão e mãe andaluza – o nome germânico tem, obviamente, a prevalência paterna. Alguma coisa de seu trabalho foi publicada pela Abril na revista Aventura e Ficção (1986-1990) e na graphic novel nº 22, Viet-Song (1989), mas seu mercado principal foi a Europa e a África do Sul. Começou aos 14 anos em editoras espanholas (como a Molino), até que emigrou para a Paris, aos 22 anos, com o desenhista Antonio Parras (que se tornou colaborador da revista Pilote e depois chamou a atenção com as aventuras da dupla Mark e Golo, em Os Inoxidáveis , ao lado do roteirista Victor Mora, conta Goida) Assim como o
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Um dos primeiros poetas da década de 1970 a usar o mimeógrafo para divulgar poesia, vendida em pequenas tiragens pelas ruas do Rio de Janeiro – os 100 exemplares de Muito prazer, Ricardo (1971) e o “envelope-bomba” Preço da passagem (1972) –, reunida em Drops de Abril , livro da Brasiliense em 1983 (Cantadas Literárias, nº 16), junto com os poemas de América (1975), publicados originalmente na Coleção Vida de Artista, e o que ele identifica como “primeiros poemas”, em Boca Roxa (Nuvem Cigana, 1979), ele foi "enquadrado" na chamada “geração marginal” (“ aquela que engloba autores que não apenas têm dificuldades de publicação e encontram meios alternativos para saná-las, mas também autores cuja produção literária possui traços em comum”, como define Camila Del Tregio Esteves) e na “geração mimeógrafo” – fruto da contracultura dos anos 60, que contestava a Ditadura Militar, mas que hoje assiste seus protagonistas imersos em um processo civilizatório. “A Ditadura Milita
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Integrante da tendência contemporânea da internacionalização das histórias em quadrinhos, MIKE DEODATO imprime “sua marca no exigente ambiente profissional norte-americano”, de acordo com Patati e Braga (2006, p. 205). Nascido Deodato Borges Filho, em 23 de maio de 1963, o paraibano começou publicando fanzines a partir de roteiros pelo pai, o jornalista, radialista, historiador e incentivador cultural Deodato Borges, “grande apreciador dos quadrinhos” e desenhista amador (autor de As aventuras do Flama , 1963, surgida nas novelas de rádio). O primeiro trabalho que alcançou repercussão foi A história da Paraíba (1985), onde o desenhista já mostrava seu “estilo gráfico de traços vigorosos e domínio surpreendente do claro-escuro” (GOIDA, 1990, p. 99) – a técnica ganhou expressão nas revistas da Image Comics, nos anos 90, para quem Deodato ilustrou Glory , onde se pode, inclusive, relacionar analogicamente a busca da forma, da luz e da sombra com as pinturas do início do Renasciment
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JOSÉ CLEMENTE POZENATO nasceu em 22 de maio de 1938, no distrito de Santa Teresa, em São Francisco de Paula, região dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul. Como ensaísta, ganhou seu primeiro prêmio literário (menção honrosa) com O regional e o universal na literatura gaúcha, publicado pelo Instituto Estadual do Livro (IEL)/Editora Mercado Aberto em 1974, onde se mesclam a “objetividade do crítico e a sensibilidade do poeta”, segundo Guilhermino Cesar (in AUTORES GAÚCHOS, 1997, p. 13). O Brasil viu o conto O caso do martelo (1984) e a história infantil  Pisca-tudo (2001) serem transpostos para a televisão e o mundo assistiu ao romance O Quatrilho (1985), a primeira parte de uma trilogia, completada com A Cocanha  (2000) e  A Babilônia  (2006), participar da premiação da 68ª edição do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 1996, com direção de Fábio Barreto e atuações de Patrícia Pillar, Glória Pires, Alexandre Paternoster e Bruno Campos, com música de Caetano
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HERGÉ é o nome pelo qual ficou conhecido Georges Prosper Remi ou R.G. (de onde, foneticamente, tirou o pseudônimo), o criador de Tintin, um dos personagens mais queridos dos leitores da Bélgica, país onde nasceu em 22 de maio de 1907, e que se tornou querido dos leitores do mundo inteiro – hoje ele é publicado em mais de uma centena de línguas e dialetos, para mais de 30 países logo depois da Segunda Guerra Mundial. “No mundo dos quadrinhos”, de acordo com Álvaro de Moya, “era considerado o mais importante desenhista europeu de todos os tempos” (1993, p. 61). O personagem Tintin nasceu em tiras de jornal no suplemento juvenil “Le Petit Vingtième”, do jornal belga Le Vingtième Siècle , para só depois se tornar um herói das histórias em quadrinhos – em tramas que envolviam outros divertidos personagens, alguns falhos, todos investidos de humanidade: a dupla de detetives Dupont e Dumond (atrapalhadíssimos irmãos gêmeos), o gênio do mal Rastapoulos, o furioso Capitão Haddock (a par
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GARDNER FOX não é um nome que vem à mente tão fácil quanto outros autores da 9ª Arte, mesmo para aqueles fãs que têm a DC como a editora preferida – não por pouca coisa conhecida como a Editora das Lendas. O escritor e roteirista estadunidense, nascido em 20 de maio de 1911, no Brooklin (Nova York), chegou a formar-se advogado (1935-1937). Mas foi ao escrever mais de “oitenta milhões de palavras” (segundo ele mesmo) para os milhares de personagens de histórias em quadrinhos criados – 1,5 mil só para a editora, num total de 4 mil histórias 1 –, entre eles, em 1961, a base do que passou a ser conhecido como Multiverso DC, que permitiu que antigos e novos heróis coexistissem e se encontrassem, que Fox se tornou notável entre seus pares. Criou Sandman (o misterioso vigilante urbano, que usa gás para combater o crime), o Sindicato do Crime da América, os primeiros roteiros de seis histórias inaugurais de Flash (janeiro de 1940) e o “segundo” Flash, Barry Allen, além de outros persona
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Ele ficou conhecido por sua participação na revista Mad , de setembro de 1956 (nº 29) até março de 1988. Ele é DON MARTIN (Donald Martin), estadunidense nascido em 18 de maio de 1931 em Nova Jersey e conhecido como “o mais louco artista de Mad” 1 . Também foi chamado de “mestre do escracho” em matéria publicada na revista Trip 2 , mas, para além dos epítetos, foi um dos responsáveis pelo sucesso da revista Mad (fundada por Harvey Kurtzman em novembro de 1952) – junto com ele estão Antonio Prohias, Al Jaffee, Dave Berg, Antonio Torres e Sérgio Aragones, entre tantos outros. Contratado em 1956 (ou 1955) – sua permanência na revista é saudada como “a mais duradoura e ácida publicação de quadrinhos alternativos dos Estados Unidos” 3 –, “suas histórias, tanto as de personagens fixos como as de apenas uma página, quase sempre sem palavras, hoje são clássicos do humor pós-guerra”, acentua Goida (1990, p. 228). “ Seu inconfundível traço e humor nonsense, insuperáveis, começam a tomar fo

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BILL EVERETT nasceu em 18 de maio de 1917, em Cambridge. O desenhista estadunidense, apesar de outras criações, ficou conhecido por Namor, o Príncipe Submarino . William Blake Everett é descendente do visionário inglês William Blake (1757-1827), um dos maiores poetas românticos dos séculos XVIII e XIX. Tuberculoso, mudou-se para o Arizona, e foi numa recaída da doença que ocorreu seu ingresso no mundo do alcoolismo. Em 1934 os pais o inscreveram, um tanto forçadamente, na Vesper George School of Arts, que ele abandonou um ano e meio depois. Foi ilustrador do jornal The Herald-Traveler , um dos tabloides mais antigos de Boston, trabalhou em rádio e, como freelance , na Centaur Publications, de Lloyd Jacquet, onde assinou como William Blake e Everett Blake – lugar onde criou seu primeiro personagem com certa relevância, Aman, o Homem Miraculoso.  Era 1939 e, em 1970, lembrou que, naquela época, “não dava a mínima para comic books, mas como estava faminto, aceitei o trabalho na hora”