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Mostrando postagens de janeiro, 2020
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Leituras na madrugada , de Dinarte Albuquerque Filho – Poemas que têm a ver com o cotidiano de uma cidade que não para de crescer, com a compreensão de que as pessoas passam despercebidas uma pelas outras pelas ruas e avenidas, imersas em seus equipamentos tecnológicos, em sonhos de consumo e de hedonismo. Poemas que pretendem lançar um olhar subjetivo sobre estas condições, sem a pretensão de resolver problemas de qualquer ordem ou de apontar caminhos para a transformação – só sugerir, só propor. Skroktifuf – Uma maçã atrás da porta , de Suzana Webber Alves – “Numa viagem a um reino cheio de doces mistérios, onde a realidade se confunde com a magia e pessoas e seres encantados vivem um cotidiano semelhante ao nosso, porém com aventuras eletrizantes, e acontecimentos do passado influenciam o dia a dia do Reino, fazendo mover as engrenagens da estória.” Nas cidades os sonhos não têm asas , de Igor Luchese – Neste livro, Igor percorre a cidade (qualquer cidade) em busca de s
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O “Album de Poesias” era um suplemento de  O Malho , revista criada no Rio de Janeiro, que veiculou entre setembro de 1902 e 1954. Entre os poetas desta edição, encontramos Lobivar Matos (Corumbá, 11 de janeiro de 1915-Rio de Janeiro, 27 de outubro e 1947). A utor de  Areôtorare: poemas boróros   (1935) e de   Sarobá   (1936),  mudou para o Rio de Janeiro aos 18 anos. Após a preparação para o ingresso na Faculdade Nacional de Direito, Lobivar contrariou a inspiração da “Cidade Maravilhosa” e continuou escrevendo poemas que mencionam sua terra natal, embora no poema que segue demonstre a admiração e a contrariedade pelo cenário  do então Distrito Federal  (mantida a grafia original). Na imprensa de Corumbá é considerado o precursor do modernismo em Mato Grosso do Sul e a biblioteca de sua cidade tem o seu nome. Delirio Entre arranha-céos esguios, torres enormes provam que meu povo continúa escravo e anda, ás tontas, cégo, completamente cégo. Os sinos das ig
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O poeta, ensaísta e professor AUGUSTO MEYER nasceu em Porto Alegre (RS) em 24 de janeiro de 1902. É considerado, por Alfredo Bosi, o “expoente do Modernismo gaúcho” (2000, p. 407), e, segundo o professor Flávio Loureiro Chaves, é por resgatar "a paisagem regional numa linguagem que já nada tem de regionalista, porque visa traçar, sobretudo, uma expressão de subjetividade" (2006, p. 85), que ele se destaca. Ao lado de Teodomiro Tostes e de Luís Vergara, publicou na página literária do  Diário de Notícias  (Porto Alegre), onde apareceram as primeiras manifestações do Modernismo no Rio Grande do Sul; foi um dos fundadores da revista Madrugada (1926) Como poeta, publicou Ilusão Querida (1923), Giraluz e Duas Orações (1928), Poemas de Bilu (1929), Sorriso Interior (1930), Literatura & poesia, poema em prosa (1931), Poesias 1922-1955 (1957) e uma Antologia Poética (1966); editou a coletânea Coração Verde (1926), com a apresentação de novos poetas. Seu
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A poeta ALICE RUIZ nasceu em Curitiba (PR) em 22 de janeiro de 1946. Com mais de 20 livros, publicados em diversos países, Alice é haicaísta, com reconhecimento da comunidade nipo-brasileira, que a homenageou em 1993, “batizando-a” com o nome Yuuka (que virou título do livro publicado em 2004); na ocasião, a poeta paranaense Helena Kolody (1912-2004) também foi homenageada. Sua obra poética encontra-se em dois volumes desde 2008, com poemas escritos até o final da década de 1980. Seus primeiros livros são Navalhanaliga (1980) e Paixão Xama Paixão (1983), depois reunidos em Pelos Pelos (1984) e distribuídos nacionalmente pela Brasiliense; com as coletâneas Vice Versos (1989) e Dois em Um (2009), foi premiada com o Prêmio Jabuti nos anos posteriores. Foi casada com o poeta Paulo Leminski (1944-1989), que conheceu em 1968; com ele roteirizou o livro de histórias em quadrinhos eróticas Afrodite (1978, republicado em 2015), e publicou o livro Hai Tropikal (1985). Escreveu
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RENATA PALLOTTINI nasceu em São Paulo em 20 de janeiro de 1931. Poeta, publica seus primeiros poemas em 1950, quando cursava a Faculdade de Direito na USP. Estreou em livro dois anos depois, com  Acalanto , de forma semiartesanal. Depois segue O Monólogo Vivo ( 1956), primeiro título incluído pela autora em sua  Obra Poética , de 1995, que contém um total de 14 livros. Depois disso, Renata, que também é professora, romancista, contista, autora de literatura infantil e juvenil, e escreve para o teatro e a TV ( Malu Mulher ), traduz e roteiriza ( Vila Sésamo ), publica Um Calafrio Diário  (2002) . Em prosa, ficou conhecida com Mate é a cor da viuvez (1974) e, para o teatro, escreveu, entre outros, o texto para a montagem de Pedro Pedreiro (1967), com música de Chico Buarque. Como tradutora, é responsável pela versão do famoso musical Hair (1967), dos estadunidenses James Rado e Gerome Ragni. Para o crítico Wilson Martins, "poeta independente das escolas transitórias e mo
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Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi. OSWALD DE ANDRADE nasceu em 11 de janeiro de 1890 e, com pouco mais de 20 anos, viajou pela Europa, quando tomou conhecimento do futurismo ítalo-francês. Na volta ao Brasil, aproximou-se de Mário de Andrade (1893-1945), Victor Brecheret (1854-1955), Di Cavalcanti (1897-1976), Guilherme de Almeida (1890-1969), Anita Malfatti (1889-1964) e Menotti del Picchia (1892-1988), grupo que representará o “espírito de 22” e o Modernismo brasileiro. Em 1924 publica o Manifesto Pau-Brasil e o romance Memórias Sentimentais de João Miramar , e, em 1928, o Manifesto Antropofágico . Na década de 1930, é a vez de Serafim Ponte Grande (1933) e O Rei da Vela (1937), que o Teatro Oficina de São Paulo estreou em 29 de setembro 1967, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. A obra é um marco do modernismo e inaugura o tropicalismo no teatro – ao apresentar um país contraditório, desfaz o mito do br
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Leituras na madrugada , de Dinarte Albuquerque Filho – Poemas que têm a ver com o cotidiano de uma cidade que não para de crescer, com a compreensão de que as pessoas passam despercebidas uma pelas outras pelas ruas e avenidas, imersas em seus equipamentos tecnológicos, em sonhos de consumo e de hedonismo. Poemas que pretendem lançar um olhar subjetivo sobre estas condições, sem a pretensão de resolver problemas de qualquer ordem ou de apontar caminhos para a transformação – só sugerir, só propor. Skroktifuf – Uma maçã atrás da porta , de Suzana Webber Alves – “Numa viagem a um reino cheio de doces mistérios, onde a realidade se confunde com a magia e pessoas e seres encantados vivem um cotidiano semelhante ao nosso, porém com aventuras eletrizantes, e acontecimentos do passado influenciam o dia a dia do Reino, fazendo mover as engrenagens da estória.” Nas cidades os sonhos não têm asas , de Igor Luchese – Neste livro, Igor percorre a cidade (qualquer cidade) em busca de sen
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O centenário poeta JOÃO CABRAL DE MELO NETO , nascido em 9 de janeiro   de 1920, escreveu certa feita: “Estamos no reino da palavra, e tudo que aqui sopra é verbo, e uma solidão irremissível.” O recifense é autor do poema dramático Morte e vida severina e cerca de mais 20 livros. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), diplomata em Barcelona e Londres (entre várias outras cidades), também escreveu prosa, na forma de ensaios, e foi traduzido para mais de cinco idiomas. O primeiro poema é do livro Pedra do Sono , publicado em 1942; o segundo é de Sevilha Andando , de 1990. A partir da década de 1950, o poeta transitou pelo surrealismo e pelos temas regionais, sem descuidar-se do rigor estético. Segundo o escritor moçambicano Mia Couto, é o maior poeta de língua portuguesa João Cabral de Melo Neto morreu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro. Poema Meus olhos têm telescópios Espiando a rua. Espiando a alma Longe de mim mil metros. Mulheres vão