hiato

caroline me liga na segunda e me convida para uma entrevista.
na terça à noite.
digo a ela q estarei na ucs pela manhã, mas ela insiste, pois alega só poder estar presente no horário proposto.
ok, vamos facilitar a vida dos alunos, no problems!
embarco no azulzinho, depois de passar pela locadora e pela padaria - onde, uma vez mais, me indigno com o troco arrendodado para mais - e subo "a montanha".
é cedo e dirijo-me a outro bloco, não o combinado, para resolver outras questões.
lá encontro dois alunos, chay e cássio, e ficamos a conversar, atualizando as novidades.
e todas as perspectivas da profissão e soluções para o encaminhamento dos futuros profissionais são evocadas em breves instantes sob um garoa fina q umedece a primavera - papo normal, com a transcendência e a concretude afim do campus.
em seguida, toca o telefone, peço licença, atendo e é minha entrevistadora.
pensei: ih, vai ver, cancelou.
nada, diz q vai me encontrar onde estou e, então, eu aguardo.
dirijo-me, já com ela, até a secretaria para resolver o q havia me levado até lá e, quando estamos saindo para a tal entrevista, um grupo de alunos - de jornalismo, relações públicas e publicidade e propaganda - interceptam-nos na escada.
eu, sem dar-me conta, vou desviando por um dos lado da escada.
sou cercado fico sem saída!
confesso q me senti desarmado, confesso q me senti amado.
então sei q fui escolhido como o 'professor homenageado' da turma q conclui o curso neste final de ano!
ié!

sei q não serei sempre lembrado - e não é para isso q dediquei minha vida a partir de determinado momento para a sala de aula -, até porque existem pessoas mais capacitadas do q eu ou q 'dizem' mais do q eu para os estudantes.
mas todas sabem q, quando isso acontece, significa muito.

muito, pelo propósito q existe em compartilhar com dedicação e gentileza aquilo já estudado e vivenciado.
muito, pelo afeto e pela fraternidade q se estabelece com cada turma, a cada semestre, mesmo q os alunos se 'repitam'.
o ponto: manter a originalidade, mesmo q isso signifique alguns momentos de tristeza ou melancolia.
o discurso: acreditar q as pessoas q cruzam o caminho devem chegar lá na frente melhores do q quando os caminhos se cruzaram.

meus caros formandos: caroline, renata, jefferson, júlio césar, marco mattos, luan, débora, fran duarte, nestor e egui.
muito obrigado - meu carinho, meu respeito e meu tempo.
(como em qualquer outra ocasião.)

agradeço também o reconhecimento dos formandos de relações públicas e de publicidade e propaganda, q referendaram a escolha dos colegas.

putz!
saibam q não foi tão-somente um belo momento, sequer apenas uma nota suspensa na policromia cotidiana.
saibam, foi muito mais!