Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2019
Imagem
O poeta, compositor e professor DILAN CAMARGO , nascido em 31 de dezembro de 1948, é natural do município gaúcho de Itaqui, às margens do rio Uruguai. Parte da infância e da juventude viveu em Uruguaiana, onde fundou, com colegas, o Grupo Gente Nova, para criar e apresentar programas musicais e comentários, além de produzir um jornal impresso – e hoje divide a morada entre Igrejinha, no Vale do Paranhana, e Porto Alegre, onde cursou o Mestrado em Ciência Política na UFRGS. Além de escrever poesia, para crianças, jovens e adultos, e letras para músicas, já incursionou em textos para o teatro – a peça A oitava praga foi premiada no Concurso de Dramaturgia da Prefeitura de São José dos Campos (SP). O primeiro poema foi publicado na antologia Em Mãos , em 1976. Alguns dos mais de 30 livros publicados, incluindo a participação em coletâneas (como a Antologia do Sul – Poetas contemporâneos do RS , da qual foi organizador e ainda hoje é considerada a mais completa seleção feita no E
Imagem
O porto-alegrense RAFAEL IOTTI nasceu em 24 de dezembro de 1992. Aos 25 anos, publicou o primeiro livro, Mas é possível que haja outros ; em 2019, veio o segundo, Assim guardamos as nuvens . Em ambos, um mundo de melancolia e contemplação do efêmero em que há espaço, também, para a alegria e questões que ele interpreta como “imaturas”. “Há um autor polonês, Witold Gombrowicz, que diz que a imaturidade é a forma mais sincera da pessoa”, referiu-se em uma entrevista por ocasião da sessão de autógrafos do segundo livro. Sobre o primeiro livro, dividido em três partes – “Poemas indecisos ou cinco poemas infantis”, “Poemas frágeis” e “Poemas insensíveis” –, André Tessaro Pelinser e Letícia Malloy, comentam sobre o modo de fazer poesia de Rafael, encontrando traços com o modernismo. “O prosaico, o simples, o dia a dia das ruas e da cidade são incorporados ao fazer poético e instituem uma atmosfera em que o cotidiano confere identidade ao texto”, escrevem no artigo “Irrupções poétic
Imagem
O escritor James Amado (1922-2013), biógrafo de GREGÓRIO DE MATOS , hesita entre março de 1623 e dezembro de 1633, sequer aponta o dia. Alguns autores de livros de literatura do Ensino Médio afirmam o ano, mas não arriscam a data do nascimento do poeta baiano, que por anos ficou relegado ao esquecimento – não publicou nenhuma coletânea de seus textos em vida, o que, por muito tempo tornou difícil a identificação de autoria. Para alguns estudiosos, bem lembra Haroldo de Campos, ele “parece não ter existido ‘em perspectiva histórica’” (1989, p. 10). Porém, chegou-se ao consenso que o “Boca do Inferno” nasceu no dia 23 de dezembro de 1633 e tornou-se “uma das maiores figuras de nossa literatura”, como afirmou Oswald de Andrade em 1945 (in CAMPOS, 1989, p. 9), “o primeiro ‘grande’ poeta brasileiro”, segundo Mário Faustino (2003, p. 54), tendo superado os limites do Barroco Homem de formação humanística, “culto, de caráter bem formado, bom cristão e por isso mesmo de elevada moral” (i
Imagem
Num primeiro momento, ele foi considerado representante da Geração de 45, para, em seguida, ser visto como um poeta que “cortou” qualquer tipo de vínculo ético-político ou estético – “no sentido moderno de construtivo de um objeto artístico” (BOSI, 2000, p. 488). Trata-se de MANOEL DE BARROS , nascido em 19 de dezembro de 1916 em Campo Grande, cidade do interior do Mato Grosso do Sul (MS). Manoel Wenceslau Leite de Barros estreou em 1937, com Poemas concebidos sem pecados , antes de se mudar para o Rio de Janeiro, onde se tornou bacharel em Direito em 1941.  No livro, é clara a relação com o Modernismo de 22 e a “presença” de Mário de Andrade; o Rio de Janeiro continua presente em A face imóvel (1942). Depois deles, viaja para Nova York, Roma, Paris, Lisboa, Bolívia e Peru (1943-1945). Poesias , de 1956, pode ser considerado um divisor de águas – ele recua para um lirismo mais convencional. É em Compêndio para uso dos pássaros (1961) que o poeta consolida seu estilo e o
Imagem
Nasce em Rio Grande (RS), o poeta, cronista, romancista e teatrólogo ERNANI GUADAGNA FORNARI , em 15 de dezembro de 1899. Filho de imigrantes, o pai, Aristides, era grande incentivador e apreciador das artes e trabalhara com circo, música e teatro, além de ser militante anarquista – abandonou a família para lutar pelo movimento na Itália. Aos 29 anos Ernani publicaria pela Editora Globo a primeira edição de Trem da Serra – Poema da região colonial italiana , livro que o situará entre os modernistas brasileiros – a segunda edição será publicada em 1987, pela Livraria Acadêmica. Em 1920, Ernani havia concluído os estudos no Seminário Santo Antônio, em Garibaldi, e trabalhava como almoxarife da Viação Férrea de Carlos Barbosa e Alfredo Chaves (em Bento Gonçalves) – alguns estudiosos apontam este período como fundamental para a construção poética de seu livro mais conhecido. O município onde fica o seminário aparece em diversos poemas, “onde se sente o amor e a vibração por essas pai
Imagem
Com  O coração disparado , livro premiado com o Prêmio Jabuti em 1978, a mineira ADÉLIA PRADO confirmou o seu lugar na literatura brasileira. Segundo Augusto Massi, a poeta nascida em 13 de dezembro de 1935, em Divinópolis (MG), se tornara “uma das vozes mais importantes da poesia brasileira”. Tendo estreado com Bagagem , em 1976 (na verdade, publicou A lapinha de Jesus , em 1969, com Lázaro Barreto), não se esperava pouco da escritora, contista e professora apadrinhada pelos poetas Carlos Drummond de Andrade (que publicou uma crônica no Jornal do Brasil   destacando o trabalho ainda inédito de Adélia) e Affonso Romano de Sant'Anna; formada em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, atuou, entre 1983 e 1988, como chefe da Divisão Cultural e, entre 1993 e 1996, integrou a equipe de orientação pedagógica da prefeitura de Divinópolis. Depois do livro premiado, publicou uma série de textos em prosa, intercalados com novas poesias: Solte os cac
Imagem
artigo publicado no jornal pioneiro , caxias do sul, 11 de dezembro de 2019. em tempo: este ano, a Mostra Literária chegou à 12ª edição. o nome correto é grafado com números romanos: XII Mostra Literária da Rede Recria, mas, na publicação, por critérios jornalísticos foi alterado. peço desculpas aos envolvidos e organizadores da Mostra pelo descuido dos revisores.
Imagem
Imagem
O poeta EDUARDO DALL’ALBA nasceu em 4 de dezembro de 1963 em Caxias do Sul (RS). Tendo publicado o primeiro livro, Escavação , em 1988, ganhou o prêmio Açorianos dez anos depois, com Vinhedos da Vontade - o primeiro caxiense a conquistar o prêmio.   “Foi ótimo ganhar, pois era o reconhecimento de um trabalho que eu acho muito bom, que merecia na época, como em qualquer época. Me orgulho muito desse livro, pois ele é um grande insight. Também me senti ‘vingado’, porque, até então, minha poesia não era tão aceita”, disse, na ocasião. Mais dez anos se passaram e ele conquistou novamente o Açorianos, desta vez com Lunário Perpétuo (de 2007), mesmo ano em que foi patrono da 24ª Feira do Livro de Caxias do Sul. Pós-doutor em Estudos Culturais do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), depois de graduar-se e pós-graduar-se na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi professor, pesquisador e escritor. Sua obra – c