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Mostrando postagens de junho, 2019
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                                           brindemos: o barco virou o mar encrespou                                                               a vida embarcou                                                                                          junto Do livro Romã , com Fátima Jeanette Martinato (Ed. dos Autores, 1991)
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“O Poeta da Crueldade”, “Podre Pedro”, “Boca do Inferno moderno” e “Bocage pornográfico do século XX”, ele é GLAUCO MATTOSO , ficcionista, articulista, tradutor, produtor de discos de punk rock, letrista formado em biblioteconomia (FESPSP) – o curso e a profissão o “obrigaram” a ter uma “uma cultura enciclopédica”, disse em entrevista à revista Cult (2000) – e letras vernáculas (USP). Por trás de todos esses epítetos, encontramos Pedro José Ferreira da Silva, paulista nascido em 29 de junho de 1951, que adotou o pseudônimo inspirado no glaucoma que tem desde a infância e que o deixa cego nos anos 90 – mas não deixam de ser alusões ao poeta baiano Gregório de Matos, o “Boca do Inferno”, de quem se considera herdeiro na sátira política e na crítica de costumes. Na década de 1970, quando morou no Rio de Janeiro, alinhou-se ao movimento tropicalista e à contracultura, e aliou-se à crítica cultural ao regime militar (instaurado em 1º de abril de 1964 e legalmente encerrado em 15
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Sem o canto do galo Contam que em Flores da Cunha Um mágico que se impunha Ao fraque e à farsa Quis fazer, com ares de graça O número do galo e sua cabeça Ambos em separação. Porém, na apresentação Qual o quê! Prometeu que o galo cantaria À revelia da degola. Quem te viu, quem te vê Que outros galos esconde Debaixo da mesa. E assim botaram a correr O mágico da vez Que tentou cantar de galo (e a lenda se fez). De André Ricardo Aguiar, em O misterioso sul  –  Lendas em poemas , com Helô Bacichette, Nil Kremer e Dinarte Albuquerque Filho, com ilustrações de Gio e Doug (Caxias do Sul, RS: Elos do Conto  –  Edição e Arte, 2018)
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Do livro Uma maçã atrás da porta , de Suzana Webber Alves, com capa e ilustrações de Gio e Doug (Liddo Editora, 2019). Artigo Primeiro: Fica estabelecido que as maçãs não são propriedades exclusivas da Bruxa da Branca de Neve nem dos confeiteiros ingleses; donde se conclui que posso utilizá-las, desde que seja criativa e instigadora. Fim do Artigo Primeiro. Para saber o resto da história...  sessão de autógrafos no dia 13 de junho, no Zarabatana Café, em Caxias do Sul
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banho de sangue tem um tesouro no fundo        um tesouro banhado de sangue                                          no sangue dos mamelucos q quase ficaram malucos ouvindo              os gritos dos saqueadores os mamelucos                        coitados para salvar a pele dos patrões                                                 e conquistadores mergulharam fundo                                no alto da serra                                nos campos de cima da serra : eles sabiam q não havia volta   eles sabiam q revolta alguma                                                  adiantaria obedeceram em silêncio                                        e já passava do meio-dia mas as bruacas continuavam cheias                                                           de comida as bruacas só olhavam                                      e torciam as mãos em desespero já malucos os mamelucos                        levaram o
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Stopo A vida em Stopo não é tranquila. Num inverno distante a montanha do Leste cuspiu fogo. O vulcão V1E, em erupção violenta, expeliu pedras incandescentes, lava vulcânica, poeira e fumaça tóxica sobre Stopo e cidades vizinhas. A cidade soterrada não vê a sua população, nem seus labirintos. Por muitos anos a cidade destruída se esqueceu dos deuses. A morte da cidade coincidiu com a morte dos deuses. A cidade, redescoberta por um agricultor, ao arar terras na região, agora vive [...]. Saiba como termina esta história em Rotas do Imaginário , de Delcio Agliardi (Liddo Editora: Caxias do Sul, 2018)
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FILOSOFIADA dias sem poesia são como rios represados Do livro Romã , com Fátima Jeanette Martinato. Ed. dos Autores, 1991.
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na cidade a possibilidade de se estar só é de uma em uma multidão (de Leituras na madrugada , com ilustrações de Douglas Trancoso e Giovana Mazzochi. Caxias do Sul: Liddo Editora, 2014)
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                                                                                             (foto giancarlo mantovani) UMA CIDADE no domingo                    parece q o mundo para                                                         mas não engana                                                                                    pois há coisas q atestam                                                                                                                            q nada cessa: ouça:          o ruído dos carros          o murmurar fatigado das fábricas                                                               o matraquear castiço das pessoas                                                                                                                      na saída da missa          o volume dos televisores no andar de baixo                                                                               e as árvores a balançarem                    
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Ele começou a carreira no setor de artes gráficas da Livraria e Editora Globo, em Porto Alegre, e foi um dos precursores das HQs no Rio Grande do Sul. Mas JOÃO BATISTA MOTTINI só conseguiu reconhecimento durante a Era do Ouro dos quadrinhos argentinos (1948-1958), ao lado do italiano Hugo Pratt (1927-1995) e do argentino José Luis Salinas (1908-1985), entre outros, depois de se mudar para Buenos Aires em 1946, e onde morou até 1962 – é que no Brasil, segundo Moya, “os artistas brasileiros tiveram poucas chances nessa década” (1993, p. 193), a de 1950, apesar do grande número de produções. Mottini nasceu em 20 de junho de 1923 em Santana do Livramento (RS) e teve seu trabalho divulgado, além da Argentina, por toda a América Latina, os Estados Unidos e uma série de países europeus, entre eles a Itália. Para a Editora Globo, onde começou aos 15 anos no setor de artes gráficas, ilustrou obras didáticas e livro infanto-juvenis, como Os Três Mosqueteiros e Robin Hood . Foi um dos mai
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FLAVIO COLIN nasceu Flávio Barbosa Mavignier Colin em 20 de junho de 1930. Autodidata, foi ilustrador e autor de histórias em quadrinhos; aprendeu a desenhar, conforme com Goida (1990), reproduzindo trabalhos de Chester Gould, Alex Raymond, Milton Canniff e André Le Blanc, entre outros. Fez seus primeiros trabalhos profissionais para a Rio Gráfica e Editora (RGE, hoje, Globo), na revista de histórias de terror X-9 , entre 1956 e 1959. Tinha 26 anos e também colaborava para as revistas Enciclopédia e As aventuras do Anjo , quadrinização de uma série de rádio da época. “Alguns dizem que realmente foi O Anjo [...], que durou mais e me projetou no mercado de quadrinhos. [...] Além disso, fiz os primeiros números de O Vigilante Rodoviário , que foi o primeiro seriado nacional de televisão”, lembra, em entrevista para Samir Naliato em 2001 1 . O Vigilante , exibido pela TV Excelsior, foi desenhado para a Editora Outubro (ex-Continental, mudou de nome a partir de 1963), para quem tam
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                                                       caminhando pelas                                                        das cidades percebo                                                        movimentos de queda                                                        também encontro                                                        muitas pessoas                                                        presas ao chão igor luchese, do livro nas cidades os sonhos não têm asas (caxias do sul: liddo editora, 2017)
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Capítulo Zero:  Algumas pitadinhas de Skroktifuf Bem no fim de uma noite trivial e tranquila, cujas cores ainda estavam sonolentas e respingadas de orvalho congelado, aconteceu Skroktifuf. No princípio, o reino nem era reino. Era uma coisa de nada, era um rastro anônimo na pradaria, era um suspiro de ideia, tudo muito frágil e sem personalidade. Uma borboleta aqui, um livro imenso ali, uma pedra acolá. [...] Sessão de autógrafos  do livro Skroktifuf - Uma maçã atrás da porta , de Suzana Webber Alves (Liddo Editora, 2019) Dia 13 de julho , das 16h às 19h, no Zarabatana Café (Centro de Cultura Ordovás), em Caxias do Sul (RS)