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Mostrando postagens de novembro, 2019
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Nascido em Nossa Senhora do Desterro, hoje, Florianópolis, em 24 de novembro de 1861, o poeta CRUZ E SOUSA obteve o reconhecimento literário depois da morte. O crítico José Veríssimo (1857-1916), preso “aos momentos áureos do Classicismo e às vertentes mais sóbrias do Romantismo” (BOSI, 2000, p. 253), tachou-o como “decadente”, virando as costas para a renovação simbolista; muitos anos depois, Paulo Leminski ( 1944-1989) , na biografia Cruz e Sousa – O negro branco (1983 in 1990, p. 51), leu-o entre os “primeiros modernos”, e arriscou dizer que a experiência simbolista “é extremamente concreta. Mas eles [ os próprios simbolistas ] a mitificaram, camuflando-a” (2001, p. 85). O ensaísta francês Roger Bastide (1898-1974), por sua vez, reconheceu o poeta catarinense como um dos três grandes expoentes universais do simbolismo , manifestação da vanguarda francesa que “pensava por imagens”, ao lado do alemão Stefan George (1868-1933) e do francês Stéphane Mallarmé (1842-1898), confor
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Ao apresentar a poesia de CECÍLIA MEIRELES na antologia Flor de Poemas , o organizador Paulo Mendes Campos é taxativo: “não há poeta moderno em língua portuguesa mais harmonioso”. A única nota monótona dos versos desta carioca, nascida em 7 de novembro de 1901, prossegue o poeta mineiro, “é a inacreditável qualidade de seus versos, é o nítido tecido conjuntivo de toda a sua obra”. Cecília “surgiu” para a literatura brasileira na corrente “espiritualista” do modernismo brasileiro, que permitiu abertura a diferentes experiências poéticas – em sua obra encontramos influências da poesia medieval, romântica, parnasiana e simbolista . Ela integrava o grupo tradicionalista e católico que publicava na revista Festa (1927), dirigida por Tasso da Silveira (1895-1968) onde, de acordo com o crítico Alfredo Bosi, ela apresentou de forma “inequivocamente moderna” (2000, p. 343) suas tendências religiosas, “no seu ritmo oscilante entre o fechamento e a abertura do eu à sociedade e à natureza
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Nascido em 5 de novembro de 1958, CHARLES KIEFER é natural de Três de Maio, na região noroeste do Rio Grande do Sul, próximo ao município de Santa Rosa. Mestre e doutor em teoria literária pela PUCRS, estreou na literatura em 1982 com Caminhando na Chuva e já tem mais de 30 livros editados – alguns com dezenas de reimpressões –, entre poesia, romances, novelas, contos e ensaios, inclusive na França, Espanha e em Portugal. Ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura, além de prêmios da Academia Brasileira de Letras, o Afonso Arinos, o Guararapes, o Monteiro Lobato e o Altamente Recomendados (os dois da FNLIJ). por O pêndulo do relógio (1985), Um outro olhar (1993) e Antologia Pessoal (1996), Embora tenha publicado inicialmente por editoras regionais, como a Mercado Aberto, já vendeu mais de 300 mil volumes. Sua obra tem sido adaptada para o cinema por Paulo Nascimento – O Chapéu (curta, 1997), com Dedos de pianista (curta, 1998), com Bebeto Alves ,  Carlos Cunha ,  Carmem Silv
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Nascido em Gramado (RS), no dia 4 de novembro de 1942, o poeta ARY TRENTIN publicou os primeiros poemas na coletânea Nossa geração , do Diretório Central dos Estudantes da Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Conceição, em 1966, ao lado do caxiense Isaac Starosta (1933), do bageense Ernesto Wayne ( 1929-1997 ) e do porto-alegrense Paulo Roberto do Carmo (1941). Reconhecidamente poeta que valoriza os sentidos e o corpo – “Dois são os movimentos na poesia de Trentin (…), buscados em Guimarães Rosa, de ida e regresso, de prospecção e de retenção”, escreve Donaldo Schüler (1987, p. 295) – , mas também do espaço e do tempo – “a vivência em sociedade é o que permite ao artista o desenvolvimento de uma arte poética que representa a precariedade das relações sociais no que diz respeito aos sentimentos humanos”, afirma Douglas Ceccagno (in CHAVES, PIAZZA, 2007, p. 147) –, também se destacou pela fotografia, atividade que desenvolveu ao lado de Aldo Toniazzo, nas pesquisas feitas d
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"Vida que segue; amanhã, o hoje se repetirá pelo caminho, ainda que mude; rostos, gestos, músicas, a mão estendida e a criança de olhos grandes a me provocar. Vida que segue." (Artigo publicado no jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, 31.10.2019)