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Mostrando postagens de agosto, 2019
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Hoje, 24 de agosto, o curitibano Paulo Leminski completaria 75 anos. Embora tenha vivido pouco, ele teve “uma vida inteira de poesia. Uma vida totalmente dedicada ao fazer poético”, nos conforta Alice Ruiz (in LEMINSKI, 2013). Entrega total: “foi um caso raro de poeta em tempo integral”, assegura Carlos Verçosa (1995). Foi além da poesia, muito mais – escreveu contos, crônicas, romances, artigos, resenhas, história em quadrinhos, canções; fez traduções, televisão e propaganda, lecionou, concedeu entrevistas, polemizou. Tornou-se referência, caneca, camiseta, pichação, pôster, imã de geladeira, CD-Rom, dissertações e teses; exposição ( Múltiplo Leminski já foi vista por mais de 500 mil pessoas) e Ocupação (com curadoria de Ademir Assunção e consultoria de Alice); e ganhou songbook , livros de correspondências e biografias, oficial e não oficial. Morreu em 7 de junho de 1989. “E nunca vai haver um outro Paulo Leminski”, garante Rodrigo Garcia Lopes (2018). Ao ingressar no Programa
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Uma dos componentes da tríade concretista, DÉCIO PIGNATARI nasceu em 20 de agosto de 1927, em Jundiaí (SP). Com Haroldo de Campos e Augusto de Campos, os outros ângulos, fundou o Grupo Noigandres e a revista de mesmo nome em 1952, para serem “os protagonistas conscientes, facilmente identificáveis pelos interessados, de um crime poético longamente planejado”, conforme ele mesmo apresenta o grupo em Errâncias , livro de 2000 (p. 45). Este “crime” foi o Concretismo, que se impôs “como a expressão mais viva e atuante da nossa vanguarda estética”, como afirma Alfredo Bosi (2000, p. 475). No retorno da Europa, depois de anos viajando pela Europa, em 1956 eles lançam oficialmente o movimento durante a Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), que no ano seguinte ocupará o saguão do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Rio de Janeiro. O primeiro livro de Pignatari, O Carrossel , é de 1950, ainda com o uso dos metros tradicionais e pu
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Ele é poeta, artesão e “brincadeiro” – como gosta de se chamar... Mas também “professor de poesia” e ministra oficinas por todo o Rio Grande do Sul. “Fazer livros é apenas uma das atividades do meu trabalho”, explicou certa vez 1 . Ele é MARIO PIRATA , nascido Mario Augusto Franco de Oliveira em 19 de agosto de 1957, em Porto Alegre, tem 12 livros publicados, além de participações em antologias 2 , desde que c omeçou escrevendo folhetos, quando ainda fazia parte da  geração mimeógrafo dos anos 70. Patrono e padrinho em inúmeras feiras de escolas e estabelecimentos de ensino, se apresenta em teatros, feiras, praças, instituições e espaços culturais diversos, seminários e congressos, como a Jornada de Literatura, realizada pela Universidade de Passo Fundo (UPF), com A aula-espetáculo roda de poesia . Entre 1982 e 1985, coordenou um programa de educação popular em Alvorada. O primeiro livro foi Um pé de vento chamado Huá , em 1981; em 1991, ao lado de Mário Quintana (1906-1994),
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O poeta HAROLDO DE CAMPOS completaria 90 anos neste 19 de agosto. Nascido Haroldo Eurico Browne de Campos em 1929, quando morreu, em 16 de agosto de 2003, tinha 73 anos. Como se costuma dizer, ficou a obra. Fica também a admiração, a curiosidade e o querer mais por saber que a produção de Haroldo sempre pareceu inesgotável. Foram mais de 50 livros, entre textos criativos, textos críticos e teóricos, transcriações e participações em antologias. Sem contar os artigos em revistas e jornais, CDs, vídeos, peças teatrais (entre elas, Retrato de um Fausto Quando Jovem , dirigida por Gerald Thomas, em 1997) e a participação em filmes (CAMPOS, 2004). Seu primeiro livro foi publicado em 1949, O Auto do Possesso , quando participava do Clube de Poesia, com influências dos poetas da Geração de 45. Incluído na geração de poetas da segunda metade do século XX, que viveu novos desafios culturais, como a guerra fria, a condição atômica, as lutas raciais o neocapitalismo e a tecnocracia (
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Em 2005, AUGUSTO NESI autografou Sevícias Emocionais no Zarabatana Café, livro que reuniu poemas escritos em suas itinerâncias profissionais e sensoriais. Na orelha do livro, ele se apresenta como ex-garçom de bufê infantil, ex-frentista em posto de gasolina, ex-jardineiro e ex-professor; mas também começara o curso de ciências biológicas, sem concluí-lo. E deixara de ser e fazer tudo isso para se dedicar à poesia. Feito “um relâmpago”, bem como define a poesia (in PIONEIRO, 20.1.2005). E hoje, 15 anos depois? Nascido em 12 de agosto de 1972, em Caxias do Sul (RS), Nesi organizou, em 2002, o sarau A língua discursiva panfletária ou 1 milhão de pequenos raios sobre o céu de Pindorama , no Galeria Estação Cultural, acompanhado pelo músico e compositor Pietro Ferretti – com quem dividiu o palco do Teatro Municipal no show Alquimia Sonora em 2003 – e da revista Invertebrados (2003/2004), revista criada e editada pelo escritor Cristiano Baldi, pelo diretor de arte Zé Benetti e pel
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O nova-iorquino DIK BROWNE (Richard Arthur Allan Browne) é o alter ego de ninguém menos que Hägar, o Horrível. “As atitudes de Hägar diante da vida, suas maneiras infantis, seu amor pelo divertimento, seu enorme apetite descontrolado, são tudo Dik Browne e em pessoa”, escreveu Mort Walker (1923-2018) em um álbum com tiras selecionadas de Hägar . Nascido em 11 de agosto de 1918, em Nova York, Browne inicialmente trabalhou no cartunismo jornalístico e na ilustração – começou a trabalhar como revisor e chegou a trabalhar como repórter no American Journal . Depois da guerra (quando trabalhou como desenhista de mapas), voltou a trabalhar como ilustrador de reportagens da Newsweek . Só a partir de 1954, quando encontrou Walker – o criador do soldado mais preguiçoso que se tem conhecimento, o Recruta Zero – e, juntos, criaram Hi & Lois ( Zezé & Cia. , no Brasil), com o que ganharam o Reuben Award, em 1962, e uma sequência de prêmios da National Cartoonists Society (1959, 19
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Conhecido por retratar em poemas a vivência interiorana, o poeta FLÁVIO LUIS FERRARINI nasceu em 5 de agosto de 1961, no distrito de Travessão Paredes, em Flores da Cunha, município da Serra gaúcha. Na manhã de 16 de junho de 2015, uma terça-feira, Ferrarini sofreu um acidente de trânsito na ERS-122, na localidade de São Gotardo, e não resistiu aos ferimentos. Mas sua poesia e a lembrança de um poeta tímido, que amava o que fazia, resistem; a poesia, como “um dos experimentos mais interessantes da literatura contemporânea nacional”, como assinalou, certa vez, o jornalista Eduardo Lanius; a imagem está presente nos mais de 20 livros publicados por Ferrarini, entre poesia, crônicas e contos. Além de poeta, Ferrarini foi cronista dos jornais O Florense (algumas foram reunidas em Crônicas da cidade pequena , de 1995), Semanário , este de Bento Gonçalves, e do jornal Pioneiro , de Caxias do Sul; foi redator publicitário e escreveu livros voltados ao público infantojuvenil – o últi
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O argentino Guillermo Mordillo ficou conhecido como MORDILLO e pelas suas ilustrações humorísticas carregadas de cor e ausência de texto – que o ajudou a transpor barreiras linguísticas –, e que tinham como temáticas o esporte, o romance e os animais. Ele nasceu em 4 de agosto de 1933, em Buenos Aires e se tornou um dos principais nomes das artes gráficas, o mais publicado em todo o mundo nos anos 1970. Diversas revistas no Brasil traziam seus cartuns, que também foram animados e exibidos em programas da TV Globo. Foi em Paris, onde morou a partir da metade dos anos 60 e onde viveu durante 17 anos, que começou a vender seus cartuns para os veículos de comunicação e conseguiu fama internacional. Por não dominar o francês, optou por “fazer um clima silencioso” – seu primeiro trabalho foi publicado na revista Paris Match em 1966. Depois a revista Lui e, em seguida, a publicação alemã Stern . O desenho silencioso foi a sua principal característica e, quando fugiu à regra, não f