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Mostrando postagens de setembro, 2019
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artigo publicado no jornal pioneiro , de caxias do sul, edição dos dias 21 e 22 de setembro de 2019. a reprodução é de xilogravura de samuel casal, de 2011.
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Nesta quarta-feira, o poeta ROBERTO PIVA completaria 82 anos. Nascido em 25 de setembro de 1937, foi publicado pela primeira vez em 1961, na Antologia dos Novíssimos . Dois anos depois, com os poemas do livro Paranoia , que são acompanhados por fotografias do artista plástico paulista Wesley Duke Lee (1931-2010), um dos responsáveis pela incorporação dos temas e da linguagem pop no Brasil, obtém o reconhecimento dos leitores e da crítica – a revista francesa Action Surréalista o classifica como “o primeiro livro de poesia delirante publicado no Brasil ( https://ims.com.br/2017/06/01/sobre-roberto-piva/ ). Piva, que ajudou a formar gerações de leitores e escritores de poesia, morreu em 2010. Identificado com São Paulo, embora tenha detestado-a pelo que ela se tornou, conforme as jornalistas Renata D’Elia e Camila Hungria, no livro Os dentes da memória (2011), ele é considerado “uma das vozes mais originais da poesia paulistana”, ao lado de Claudio Willer (1940), Roberto Bice
ARTHUR DE LAVRA PINTO nasceu em Caxias do Sul em 20 de setembro de 1883, um dos oito filhos da família de Bento e Ursulina. Foi colaborador assíduo do jornal Tribuna Colonial e diretor (gerente) dos jornais Cidade de Caxias (1911-1916) e Cittá di Caxias (1913-1923), de Caxias. Os versos que compõem o livro Opacidades foram publicados, inicialmente, no jornal Cidade de Caxias . É patrono da cadeira nº 10 da Academia Caxiense de Letras (ACL) e participou, como secretário, da fundação do Grêmio Literário Caxiense em 1906 – ao lado de Barros Cobra (pseudônimo de José Michel Barros Cobra), Alcides Müller (patrono da cadeira nº 13, da ACL, autor de Em Surdina , Núpcias e Sons e Tons ) e do irmão Alfredo de Lavra Pinto (1887-1939, professor e escritor, autor de contos, crônicas e poesias), O pai, Bento (1841-1911), é patrono da cadeira nº 6 da ACL, autor de Ao luar dos desenganos , e o irmão Cyro (1900-1980), foi um dos fundadores da ACL, autor de Átomos Poéticos e Dardos e Petardos
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O primeiro livro de um dos patronáveis da Feira do Livro de Porto Alegre foi publicado em 1988 pela Editora Tchê, e hoje encontra-se esgotado. Neste sábado, dia 14, CELSO GUTFREIND autografou sua mais recente obra, A porta do chapéu – Crônicas em Paris , em que reuniu textos escritos entre 1996 e 2001, período em que o psicanalista, professor e escritor residiu na capital francesa para realizar o pós-doutorado em Psiquiatria da Infância, na Universidade Paris 6 – Université Pierre et Marie Curie. Nascido em 15 de setembro de 1963, em Porto Alegre, depois da estreia literária com A gema e o amarelo , seguiram-se mais de 30 livros, de poemas, poemas em quadrinhos ( Dito & Visto , com Piti, 1994), contos, crônicas, literatura infantil e textos na área da psicanálise, como A arte de tratar – Por uma psicanálise estética (2018), em que analisa ensaísticamente 11 artigos publicados por Sigmund Freud (1856-1939), nos quais o psiquiatra vienense versa sobre a estética. Em en
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Em vida, ele publicou apenas alguns poemas, artigos e um discurso comemorativo. Falecido no Rio de Janeiro em 25 de abril de 1852, o paulista ÁLVARES DE AZEVEDO tornou-se figura representativa nos estudos literários brasileiros no período que ficou conhecido com o ultra-romantismo. Nascido em 12 de setembro de 1831, em São Paulo, Manuel Antônio Álvares de Azevedo Filho integrou a geração de poetas românticos que se sentia uma “geração perdida” – ao lado de Casimiro de Abreu (1839-1860), bem mais comportado e autor do conhecido “Meus oito anos”, e Fagundes Varela (1841-1875), nem tanto assim, autor de “Cântico do Calvário”. Como tantos outros jovens da época, Azevedo dava vazão a sua inadequação à realidade e o pessimismo em uma vida desregrada – filho de família rica, recebeu instrução jurídica e viveu entre os estudos acadêmicos, o ócio, os casos amorosos e a leituras de Lord Byron (1788-1824) e Alfred de Musset (1810-1857), cujo estilo de vida procurava imitar – um na entreg
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Em 2000, a José Olympio publicou Toda Poesia para celebrar os 70 anos do poeta FERREIRA GULLAR . Hoje, 10 de setembro de 2019, comemora-se os 89 anos do poeta, que, segundo Otto Maria Carpeaux, é “um dos maiores homens do nosso País” (in GULLAR, 1983). Nascido José Ribamar Ferreira, em São Luís do Maranhão, no mesmo dia em que começava a circular em 1808, no Rio de Janeiro, o jornal Gazeta do Rio de Janeiro (depois, Gazeta do Rio ), Ferreira Gullar integrou o grupo de intelectuais brasileiros que ficou conhecido como Geração de 45. Por pouco tempo, já que desprezou a carga poética convencional dada às palavras, marca dos poetas do grupo (SÁ; MENDONÇA, 1983); ele não se restringiu ao rótulo e, com uma poética poderosa, respondeu aos desafios que a cultura e a práxis lançaram ao escritor durante a segunda metade do século XX. Com uma poesia caracterizada, de forma geral, pelo intimismo e pela forma tradicional, a geração de Gullar preocupou-se com as pressões históricas de se
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ARCHIE GOODWIN existe, e não só na figura do assistente do detetive Nero Wolf. Archie Goodwin nasceu em 8 de setembro de 1937 e foi escritor, editor e ilustrador de uma série de tiras e revistas de quadrinhos estadunidenses até morrer, inesperadamente, em 1º de março de 1998, vitimado por um câncer. Como personagem dos romances policiais de Rex Stout, Goodwin é a “extensão do pensamento de Nero Wolf”. De acordo com a descrição dos editores da Companhia das Letras (que publicou uma série de romances de Stout), Goodwin é um jovem impetuoso e às vezes agressivo, mas que facilita a vida de investigador de Wolfe. O Goodwin da vida real é geralmente citado como “o mais amado editor dos quadrinhos” e transferiu sua impetuosidade e inteligência para dar vida às histórias de Batman, Vampirella, ao Agente Secreto X-9, Homem de Ferro e ao Quarteto Fantástico, entre outros personagens. Goodwin começou a desenvolver seu talento na Escola de Artes Visuais de Nova York, como ilustrador e des
Patrono da Academia Caxiense de Letras (ACL, cadeira nº 6), BENTO DE LAVRA PINTO , nasceu em 7 de setembro de 1843, em Porto Alegre, como tantos outros que se destacaram em Caxias mas que vieram de diferentes lugares. Bento era o mais velho de cinco irmãos, que também se dedicaram à escrita, seja literária ou jornalística – Arthur (1883-1950), Alfredo (1887-1939), Carlos (1851-1896), que adotou o pseudônimo Cyriaco, e Cyro (1900-1980) Funcionário público de carreira, integrou a Tesouraria da Fazenda (em Porto Alegre), foi inspetor da Alfândega (Uruguaiana), almoxarife do Hospital de Sangue (Itagui) e, como militar, capitão durante a Guerra do Paraguai, Veio para a Serra como chefe da Comissão de Terras e chefe da Comissão Liquidadora da Dívida Colonial na Colônia Caxias. Aqui, organizou o primeiro grupo de intelectuais do núcleo – que se reunia periodicamente para os seus desafios poéticos, no prédio n. o 858, à rua Marechal Floriano, de propriedade de Nicolau Luiz Amoretti, p
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Baiano de Jequié, WALY SALOMÃO nasceu em 3 de setembro de 1943, filho de mãe sertaneja e pai sírio. Com pouco mais de 20 anos, já se tornara uma das principais figuras do Tropicalismo, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Jards Macalé, Gal Costa e Maria Bethânia. Na década de 1970, quando se identificou também com a contracultura, adotou o pseudônimo Waly Sailormoon para publicar o primeiro livro, Me segura qu’eu vou dar um troço (1972; 2003 pela editora Aeroplano), com textos escritos na prisão (preso por porte de maconha, em 1970), paginados e diagramados pelo artista plástico Hélio Oiticica (1937-1980). Sua conexão, no início, tinha a ver com o paideuma concreto, ou seja, com Augusto de Campos (1931), Décio Pignatari (1927-2012) e Haroldo de Campos (1929-2003) e os autores propostos por eles: Stéphane Mallarmé (1842-1898), E.E. Cummings (1894-1962), Ezra Pound (1885-1972) e James Joyce (1882-1941), além da poesia moderna brasileira, em especial Oswald de A