a considerar

'seria difícil não reconhecer no desprezo endereçado ao escritor [john updike] um deslocado desgosto com relação ao estatuto do próprio romance [...]. o romance se aproxima de modo perigoso da perda de sua função.
faça uma experiência. pergunte a si mesmo se o romance ainda é culturalmente relevante. em seguida, pergunte a si mesmo quando foi a última vez que leu um romance que o comoveu como um filme o comove. seja honesto. agora faça a primeira pergunta a seus amigos. claro que o romance é culturalmente relevante, eles dirão. então faça a mesma pergunta sobre o último romance que leram. o que foi que eu disse?'
[...]
'por fim, estamos nos tornando mais visuais e até mais musicais que verbais. somos seriamente visuais e musicais, mas poucos de nós continuamos sendo leitores sérios.'

(lee siegel, um dos mais contundentes críticos culturais estadunidense. artigo john updike ou a importância de ser sério, publicado na revista serrote, março de 2012.)

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