OLHARES

serão as manchas escuras na fachada da delegacia de saúde em plena júlio aspecto decorativo?
e a parede lateral do prédio sustentado por uma imobiliária permanecer com tijolos à vista ser um detalhe estético?
as calçadas da cidade pregam peças: soltas, molham as calças em dias de chuva; quebram pernas em dias ingênuos; enfeiam a cidade, de forma geral.
relanceamos o olhar para o passado ou o projetamos para futuro.
mas, e o aqui e agora?
líderes de bairro, vereadores, deputados, senadores, governantes em geral, só visam estatísticas nas "suas" cidades (nossas, diga-se de passagem) enquanto elas se deterioram - não marcas históricas, mas sinais de descaso das administrações!
e, se a cidade se deteriora, o q será de seus habitantes?
o paraíso não tem sol do lado leste, só o reflexo dos vidros espelhados - e olhe lá!
as pessoas, condicionadas, como eu, como v, volto para casa sozinho para um arquétipo de lar.
triste?
nem pensar: as paredes do apartmeno me isolam da hipocrisia, da falsidade, da ganância, da mentira, das outras deficiências da humanidade - pelo menos temporariamente.
estou me destruindo, eu sei -  como a cidade q me adotou.
ao mesmo tempo, me reconstruo - talvez como esta mesma cidade.
sei, lá, talvez ceilão (como já escrevi).
deixa estar: escrever é um ato político e social, sim, q me tira da letargia do dia a dia e me posiciona numa condição de ser humano.
não q isto faça a diferença: minha interpretação ou a classificação - neste momento, deixo quieta minha inquietação.

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