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dois livros me arrebataram, dois outros devem provocar o mesmo.
e por isso, quero compartilhar com vocês.
primeiro, então, 'o amante detalhista' (companhia das letras, 2005), de alberto manguel.
furioso ou curioso?
ambas as interpretações: a história de anatole vasanpeine é estranha, como estranhos são nossos comportamentos mais obscuros.
ser inodoro, insípido e incolor - ninguém o notava, nem ninguém a ele interessava.
empregado de uma casa de banho, adquiriu o hábito de espionar pelas frestas dos quartos, 'pedaços' dos corpos ali presentes.
sim, conforme manguel, ele não tinha curiosidade e ser voyeur de corpo integrar, queria apenas 'o' detalhe.
depois, com o advento da máquina fotográfica, começou a registrar estas partes e, em casa, sim, compunha um 'novo' corpo e ali se realizava.
até q... um belo dia conheceu uma mulher.
'os poetas nos ensinaram q, para o amante, esperar causa ao mesmo tempo enlevo e dor, mesclando a alegria da expectativa com a agonia da incompletude, um estado de ser sobre o qual reinam simultaneamente vênus e seu séquito de cupidos e saturno, senhor da melancolia.'
agora, tente imaginar o q aconteceu com anatole, o homem q viu seus desejos fragmentados se materializarem em um ser indivisível!
a outra obra é de miguel de unamuno, 'abel sánchez - uma história de paixão' (record, 2004).
coisa de louco, essa paixão.
é a história de dois amigos, joaquín monegro e abél sanchez e, por trás dela, a história de caim e abel.
joaquín amava sua prima, helena, q, por sua vez, desdedenhava deste amor, até q joaquín apresentou-a a abel e este casou-se com ela.
em suas memórias, deixadas para a filha (sim, resignou-se e casou-se, apenas para tentar provocar ciúmes em helena), joaquín destila um verdadeiro ódio por abel, q corresponde com delicadezas e amor ao amigo, q nunca o perdoou.
é coisa de louco, essa tal da paixão.
'alguém já disse q não canalha maior do q uma pessoa honrada...'
mas, o livro, 'considerado por parte da crítica a mais amarga e perturbadora obra de Unamuno' é cativante: é começar para não querer parar de ler até q se descortine o final.
e por isso, quero compartilhar com vocês.
primeiro, então, 'o amante detalhista' (companhia das letras, 2005), de alberto manguel.
furioso ou curioso?
ambas as interpretações: a história de anatole vasanpeine é estranha, como estranhos são nossos comportamentos mais obscuros.
ser inodoro, insípido e incolor - ninguém o notava, nem ninguém a ele interessava.
empregado de uma casa de banho, adquiriu o hábito de espionar pelas frestas dos quartos, 'pedaços' dos corpos ali presentes.
sim, conforme manguel, ele não tinha curiosidade e ser voyeur de corpo integrar, queria apenas 'o' detalhe.
depois, com o advento da máquina fotográfica, começou a registrar estas partes e, em casa, sim, compunha um 'novo' corpo e ali se realizava.
até q... um belo dia conheceu uma mulher.
'os poetas nos ensinaram q, para o amante, esperar causa ao mesmo tempo enlevo e dor, mesclando a alegria da expectativa com a agonia da incompletude, um estado de ser sobre o qual reinam simultaneamente vênus e seu séquito de cupidos e saturno, senhor da melancolia.'
agora, tente imaginar o q aconteceu com anatole, o homem q viu seus desejos fragmentados se materializarem em um ser indivisível!
a outra obra é de miguel de unamuno, 'abel sánchez - uma história de paixão' (record, 2004).
coisa de louco, essa paixão.
é a história de dois amigos, joaquín monegro e abél sanchez e, por trás dela, a história de caim e abel.
joaquín amava sua prima, helena, q, por sua vez, desdedenhava deste amor, até q joaquín apresentou-a a abel e este casou-se com ela.
em suas memórias, deixadas para a filha (sim, resignou-se e casou-se, apenas para tentar provocar ciúmes em helena), joaquín destila um verdadeiro ódio por abel, q corresponde com delicadezas e amor ao amigo, q nunca o perdoou.
é coisa de louco, essa tal da paixão.
'alguém já disse q não canalha maior do q uma pessoa honrada...'
mas, o livro, 'considerado por parte da crítica a mais amarga e perturbadora obra de Unamuno' é cativante: é começar para não querer parar de ler até q se descortine o final.
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