eu
   poeta
q ninguém ouve

minha voz
não chega ao teu ouvido
(até duvido
q isto q escrevo
faça sentido.)

queria escrever
um poema sujo
q chegasse ao dito cujo
q desmanda
q não se interessa
q não tem pressa
e desconsidera
aquela esfera
                     q necessita
de guarida
não só
           de uma avenida florida

não só
          do asfalto
até pq carro algum
transporta apenas uma ferida 

queria
chamar a atenção
para a pouca preocupação
e não venham
                      falar de partos.
                                             o poeta alemão
já havia pressentido
a essência do bem-viver
sem crises de consciência.

* * *

anseio voltar para casa
e te encontrar.
por ora,
é um desejo a se concretizar.

* * *

tenho saudades de ti
imediatamente após
te dizer boa-noite
e deixar de ouvir tua voz.

* * *

puxa!
como te amo.
bruxa.
é meia-noite
e eu te chamo!

* * *

na penumbra
das ruas da cidade
minha felicidade
ao pensar em ti
                        me alumbra.

* * *

minha escrita
antes evasiva
algumas vezes concreta
agora é uma tentativa
de ser amorosa.

minha escrita
antes restrita
ao cotidiano
me induz a pretensas lascívias.

(o q minha alma interpreta
das tuas invectivas
de dizer-te 'gostosa'
apaixona!)

minha escrita
se volta para tua pessoa.
nada tem a ver com loa
tem a ver
com o desejo de ser
o jardineiro do teu jardim de delícias.

no momento em q a concretude me abandona
o melhor de mim
                          só diz 'sim'!

* * *

me confundo
com teu carinho profundo
mas me aninho
em teus braços
em teus abraços
e alço voo
e lá no alto
me doo
           sem sobressalto

* * *

esta distância
esta solicitude
abrasa minha ânsia
agita minha inquietude

* * *



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