sábado

ontem o dia foi muito especial.
só eu e ela sabemos o quanto.
poderia descrevê-lo, mas não teria o mesmo encanto.
hoje, domingo, fica o rescaldo.
talvez para compensar a semana, quando as intrigas cotidianas crescem como ervas daninhas na ramagem do chuchu.

os dias especiais são diferentes dos dias brancos.
nestes, a mente parece q paira em nuvens e esquece do corpo físico, q  continua.
fosse o cloud cibernético, seria outra história, outra paranoia.
mas não, é a nuvem de verdade, q forma figuras ímpares e ajuda a desopilar um pouco o ranço dos compromissos e das mentiras, quando a gente se dá o direito de contemplá-las.

ontem foi um dia especial.
ela e eu sabemos muito bem.
novas afirmações, novas perspectivas, sem pressa, mas com extrema intensidade.
por isso a tarde passou rápida - speed racer em suas aventuras nas sessões da tarde.
só q o final ainda não é feliz.
talvez porque ainda não seja o final.
tenho q me conformar, tenho q aliviar a dor q sinto e preencher a ausência de alguma outra forma.
leio.
fumo.
escrevo.
- muita água nessa hora.

uma banda nessa noite fria, com a lua assombradada, me inquieta.
volto pra casa e procuro me esquecer.
não o dia, não a tarde, não ela.
tatuagem anímica, beijo na alma...
sem chance: talvez aguarrás para limpá-la?
só se em doses cavalares...

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