novo

tal bukowski em suas conferências universitárias bebendo uísque de uma garrafa térmica.
essa gente de mente asséptica e corações higienizados (apenas) cometem um crime.
e lavam as mãos.
pais, empresários bem-sucedidos, homens de fina estampa!
mães, profissionais liberais bem-sucedidas, mulheres-modelo!
e seus vícios prevaricatórios.
e ninguém liga!
ah, sociedade falseável, relaxada!
ah, a hipocrisia!
o sol avermelha a pele nestas manhãs geladas.
a noite de lua crescente me faz voltar a ser gente.
bukowski, poe, leminski, arnaldo, ana cristina, ledusha....
somerseth, chandler, gregório, cain, ishikawa, mishima, bashô...
e outros.
as ruas ocupadas por toucas e cachecóis, botas canos longos e mantôs.
estou
'mais pra lá do q pra cá', entoa melodia.
de saída, de partida, de querido, embora ferido.
bukowski e seus poemas de amor:

'e você me inventou
e eu inventei você'

ai, q dor.
tomamos vinho e rimos.
costuramos cenários cotidianos.
na manhã seguinte,
meu amigo me liga e desabafa.
me contenho - não tenho o direito de falar de mim.
é assim.
tenho dois ouvidos e uma boca e uma vontade louca de fazer amor contigo, sem hora, sem necessidade.
sem explicação, sem nada para conversar depois.
ah, esta dor q não cessa, bukowski:

'para um homem de 55 que não transou
até os 23
e não muitas vezes mais até os 50
creio que devo continuar listado
na Pacific Telephone
até conseguir
o mesmo número de mulheres
que os homens normais conseguiram.'

* * *

ACREDITE

p/ r.

pequenos gestos
têm mais beleza
do q natureza.

* * *

houve um equívoco
e tudo transcorreu...

o q era lúdico
em meias-verdades se perdeu.

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