O poeta, ensaísta e professor AUGUSTO MEYER nasceu em Porto Alegre (RS) em 24 de janeiro de 1902.
É considerado, por Alfredo Bosi, o “expoente do Modernismo gaúcho” (2000, p.
407), e, segundo o professor Flávio Loureiro Chaves,
é por resgatar "a paisagem regional numa linguagem que já nada tem de
regionalista, porque visa traçar, sobretudo, uma expressão de
subjetividade" (2006, p. 85), que ele se destaca. Ao lado de
Teodomiro Tostes e de Luís Vergara, publicou na
página literária do Diário de Notícias (Porto Alegre), onde
apareceram as primeiras manifestações do Modernismo no Rio Grande do Sul; foi
um dos fundadores da revista Madrugada
(1926) Como poeta, publicou Ilusão Querida (1923), Giraluz
e Duas Orações (1928), Poemas de Bilu (1929), Sorriso Interior (1930), Literatura & poesia, poema em prosa
(1931), Poesias 1922-1955 (1957) e
uma Antologia Poética (1966); editou
a coletânea Coração Verde (1926), com
a apresentação de novos poetas.
Seu poema mais conhecido é “Oração
ao Negrinho do Pastoreio”. É dele o ensaio Machado de Assis (1935),
que colabora para valorização e o resgate da obra do autor
entre a crítica literária. Entre outras
atividades a favor da cultura, foi diretor da Biblioteca Pública do
Estado do Rio Grande do Sul (1930-1936) e diretor do Instituto Nacional do
Livro (INL) por duas vezes, entre 1938 e 1956 e 1961-1967, no Rio de Janeiro. Em 1960, foi eleito para a
Academia Brasileira de Letras (ABL), que, em 2002, publicou uma antologia do
poeta, Os pêssegos verdes, com
introdução e organização de Tânia Franco Carvalhal. Faleceu no Rio de Janeiro, em 10 de julho de 1970.
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