de repente,
me vejo à mesa
(onde já me achava há um bom tempo!

fora de mim.)

na esquina
aqui diante
a cidade voa
a alma flana
a consciência plana
o mundo soa
sobre a represa
do sentimento
q,
  neste instante,
é muito, muito mais
do q um lamento,
embora role um blues
neste momento

* * *

JANELA

pássaros passam
e pousam na árvore em frente
sem se dar conta de mim

e, putz,  ainda cantam!

* * *

a primavera
vai chegando ao fim
e os ipês amarelos
se despem
- naturalmente,
como quando os amantes se despedem

* * *

tu não me escreve mais
saiu da minha lista de amigos
não acessa o facebook
nem retorna minhas postagens.

tenho q lidar com meus 'ais'
evitar quaisquer perigos
cuidar do meu look
e me prevenir das aragens.

* * *

note
aquele urubu no alto do prédio.
perceba
a beleza
da natureza

em algo quase surreal
numa paisagem
contaminada pela urbanidade
repleta de assédio
para o teu olhar
te contagiando pelo não natural
enquanto as situações
ocorrem longe do tédio
de tardes preguiçosas
em q v esquece
as sensações viçosas!

pare e note!

* * *

não sei ainda se vou comer
não sei ainda se vou beber
a única coisa q me interessa
é continuar a viver
só para te ver

* * *

ver v chegar
será melhor do q ter nascido.
ao te olhar,
me sentirei um anjo renascido.

* * *

CONCRETIZAÇÃO

entre minhas coisas 'velhas'
tenho um jipe de miniatura
q ganhei do meu avô.

entre outras coisas,
quero compartilhar esta lembrança
com quem tu traz contigo.

tu me faz feliz!
e feliz será quem estiver contigo.

se depender de mim,
desde q tu esteja a fim.

* * *



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