Ele é poeta, artesão e “brincadeiro” – como gosta de se chamar... Mas também “professor de poesia” e ministra oficinas por todo o Rio Grande do Sul. “Fazer livros é apenas uma das atividades do meu trabalho”, explicou certa vez1. Ele é MARIO PIRATA, nascido Mario Augusto Franco de Oliveira em 19 de agosto de 1957, em Porto Alegre, tem 12 livros publicados, além de participações em antologias2, desde que começou escrevendo folhetos, quando ainda fazia parte da geração mimeógrafo dos anos 70. Patrono e padrinho em inúmeras feiras de escolas e estabelecimentos de ensino, se apresenta em teatros, feiras, praças, instituições e espaços culturais diversos, seminários e congressos, como a Jornada de Literatura, realizada pela Universidade de Passo Fundo (UPF), com A aula-espetáculo roda de poesia. Entre 1982 e 1985, coordenou um programa de educação popular em Alvorada.
O primeiro livro foi Um pé de vento chamado Huá, em 1981; em 1991, ao lado de Mário Quintana (1906-1994), Laci Osório e Paulo Becker, Trinta Poemas fez parte do volume 1 da coleção Petit Poa (Coordenação do Livro e Literatura. Prefeitura de Porto Alegre); vinte anos depois, ganhou os prêmios Pandorga, TVE/Câmara do Livro – Feira do Livro de Porto Alegre, com o livro O fazedor de balões (UPF/Editora Mercado Aberto) – que inaugurou a Coleção Jornadinha, da UPF; em 2002, foi a vez do prêmio Açorianos, concedido pela Secretaria de Cultura/Prefeitura de Porto Alegre, para o mesmo livro, na categoria Infantil. "É uma resposta positiva a um trabalho que vem sendo desenvolvido há anos e também um prêmio para a Jornadinha Nacional de Literatura", comentou à época, ao dividir a premiação com o ilustrador Leonardo Menna Barreto Gomes. Em 2005, recebeu o Troféu Livro do Ano, da Associação Gaúcha de Escritores, com o texto para teatro O cavaleiro da mão-de-fogo, publicado no ano anterior – para o teatro, escreveu também Arca de Noel, O Auto de Natal do Abelardo e O Cisne.
A maior parte dos livros de Pirata é voltada às crianças, que, segundo ele, “são especialistas em poesia”. "Elas têm uma capacidade de brincar, uma disponibilidade para inventar coisas muito fortes e isso é muito importante para a poesia. Procuro observar e absorver", admitiu em entrevista3. Nessa ocasião, afirmou que a poesia, "Além de tecnicamente ser uma arte como as outras, pode ser uma espécie de terapia dos sentimentos"4. Já apresentou, com Marcelo Fornazier, o espetáculo Macunaimando, com a atriz e diretora Deborah Finocchiaro, Sexta em Versos e Mais do que nunca a poesia, e Quando a poesia canta, com a compositora e intérprete Karine Cunha. É o criador da “Roda de Poesia” e, durante muitos anos, expôs cartões com pinturas e poemas na Feira do Bom Fim, o  Brique da Redenção, em Porto Alegre.
Multidisciplinar, é formado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e integra o coletivo de poetas realizador dos eventos Portopoesia e Porto Alegre dá Poesia – afinal, “a poesia é uma opção de saúde mental para o país”5. É professor de poesia na Escola Projeto, na capital gaúcha, e seu blog oficial é http://mariopirata.blogspot.com.br.


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