fumaça

no início do novo século - q já anda em passos incertos - acometeu-me um novo hábito.
além da poesia, da contemplação e da admiração pelas mulheres - sempre lindas, surpreendentes e supremas - me vi às voltas com a nicotina.
estava eu, certa, envolvido com dois charutófilos, a produzir matéria sobre o assunto: charutos e o q isso proporciona: prazer, conversas fraternais, um bom vinho e o redimensionamento da existência humana.
enfim, coisa q a vida oferece como possibilidades.
lembrei-me disso ao rever 'obrigado por fumar', justamente em tempos higienizados; fica estabelecido q não é apologia de minha parte, apenas constatação, como sempre enfatizo.
saí do apartamento do entrevistado, área nobre na nobre cidade, tradicional, e fui para casa - na época, dividia meu espaço com uma mulher maravilhosa.
ao chegar, por volta das 23h (sabe-se lá!), surpreendia com três exemplares de charutos: dois itlaianos e um cubano; ela era fumante, eu não; propus um vinho, uma música (creio q era um blues) e o experimento de um charuto.
tá loco meu!
não deu outra; e olha q eu não era adolescente e não gostava de cigarros, apesar de só frequentar lugares onde a fumaça povoava o imaginário: filmes nouvelle vague, romances policiais e poesia marginal.
ok, a noite, a eterna bruma da boemia.
depois disso, a história é outra e precisa ser revista, continuamente...

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