BRENT ANDERSON nasceu em 15 de junho de 1955, em São José, na Califórnia (EUA). É dele e de Chris Claremont o número 1 da série Graphic Novel publicada no Brasil, em 1988, pela Editora Abril, X-Men – O conflito de uma raça (republicada em 2014, pela Panini, com o título X-Men – Deus ama, o homem mata, correspondente ao original). Ele também divide a autoria da Graphic Album nº 4, de 1991, Somerset Holmes, com Bruce Jones.
Seus primeiros personagens foram criados ainda na escola, mas a carreira começou em 1979, aos 24 anos, quando passou a ilustrar Kazar, o Selvagem, para a Marvel, escrito por Bruce Jones (de Arena – A dimensão do terror, Graphic Novel nº 18, de 1989). A série, com 34 edições, é uma das tantas retomadas do título, iniciado na década de 1930, mas ele só foi reconhecido pela Marvel Comics em 2006, com arte de Ben Thompson. A versão moderna do personagem volta pelas de Stan Lee e Jack Kirb, que o reintroduzem nas páginas de X-Men nº 10. Kazar mereceu a atenção dos desenhistas John Buscema, de Conan, Russ Heath, Larry Hama, Val Mayerik. E voltaria às prateleiras com Anderson e Jones em 1981 de forma regular.
O trabalho com Claremont abriu caminho para a publicação de Astro City: The Dark Age (1995), com roteiro de Kurt Busiek (1960-) e capa/concepção visual de personagens feitas por Alex Ross (1970-). Astro City mostra o cotidiano da cidade fictícia de mesmo nome, habitada por super-heróis e vilões. Ao contrário do que acontece tradicionalmente no gênero, Busiek mostra os confrontos de diversos pontos de vista, inclusive o de pessoas comuns, e como elas são capazes de viver suas vidas em meio a confrontos entre os superpoderosos, tal como os dois fizeram na minissérie Marvels, publicado pela Abril há 25 anos. Atualmente, a minissérie é publicada pela Vertigo (Panini, no Brasil) e já se encontra no número 52, no formato graphic novel. Com Astro City ele conquistou três vezes o Eisner Award (1996, como Melhor Série Estreante; 1997 e 1998, como Melhor Série Continuada), sendo indicado ainda mais três vezes – a última em 2017.
Com argumento de Peter B. Gillis, Anderson desenhou Strikeforce: Morituri (Marvel Comics) entre 1986 e 1989; no Brasil, a Globo publicou algumas partes da história na revista Marvel Force (1990-1991) sob o título “Força de Ataque: Morituri” – mas até agora a série permanece incompleta. O título vem da frase latina “Ave Caesar morituri te salutant” (“Salve, Imperador, aquele que irão morrer te saúdam”). Isso porque o enredo nos apresenta o processo descoberto por um cientista que torna super-heróis as pessoas normais, mas com um porém: no máximo em um ano o corpo rejeita os superpoderes, normalmente de forma letal e explosiva. Apesar disso, os que irão morrer te saúdam...
Rising Stars (Estrelas em Ascensão) foi criada e escrita por J. Michael Straczynski em 1999, e tem 24 edições – reunidas em diferentes minisséries. A história gira em torno de 113 pessoas chamadas Specials, nascidas com habilidades especiais depois do aparecimento de uma misteriosa luz no céu acima de Pederson, Ilinois. Entre elas, encontramos John Simon, o Poeta, e seu melhor amigo, o doutor William Welles, que morre no meio da história. A série trata da reação da sociedade diante das superpotências e como aqueles que são “especiais” podem reagir em relação à sociedade e a uns aos outros. A série foi adaptada para o formato “novela” em 2002 e 2005 e para o cinema em 2016.
Em seu trabalho, evidencia-se a preocupação com os personagens. "Minha maior alegria é quando adiciono nuances de um personagem apenas com sua expressão ou ilustrar uma cena que capta um momento de perfeito humor. Quando um personagem ganha vida, sinto-me vivo. É por isso que dediquei minha vida profissional para a criação de histórias em quadrinhos."






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog