Bernardethe Zardo
(Nova Prata, RS, 1º.jul)

Como os morcegos
estou sempre pendurada
Dizem os ventos-virados
que sou cega como as pedras
que eu carrego escondidas
com os guizos
e zunidos de improviso
sob as minhas penas
à viagem
em tempos de calmaria
em tempos de tempestade,
ah! Quanto tempo faz
que eu não brinco
com os ventos,
há quanto tempo deixei de voar
com as andorinhas
sobre o telhado das casas,
como os morcegos
estou sempre pendurada.

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