Geraldo
Ramiere
(Planaltina, DF, 1.jul)
Com o dedo na garganta
Eu queria que minha poesia
Se transformasse em pão
Para alimentar a todos que têm fome
Eu queria que minha poesia
Se transformasse em cobertor
Para agasalhar quem sente frio
Eu queria que minha poesia
Se transformasse em coragem
Para libertar os aprisionados pelo medo
Eu queria que minha poesia
Fosse algo real, palpável, concreto
Algo maior do que rimas e palavras
Contudo, o que a poesia poderia fazer
Para um trabalhador exausto?
Ou para quem chora a morte do filho?
Que espera em filas, que aguarda vagas
Que dorme em viadutos, que não dorme
Para quem não tem para onde ir
[...]
(Planaltina, DF, 1.jul)
Com o dedo na garganta
Eu queria que minha poesia
Se transformasse em pão
Para alimentar a todos que têm fome
Eu queria que minha poesia
Se transformasse em cobertor
Para agasalhar quem sente frio
Eu queria que minha poesia
Se transformasse em coragem
Para libertar os aprisionados pelo medo
Eu queria que minha poesia
Fosse algo real, palpável, concreto
Algo maior do que rimas e palavras
Contudo, o que a poesia poderia fazer
Para um trabalhador exausto?
Ou para quem chora a morte do filho?
Que espera em filas, que aguarda vagas
Que dorme em viadutos, que não dorme
Para quem não tem para onde ir
[...]
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