Jessica Ziegler de Andrade
(Rio de Janeiro, RJ, 2.jul)

Uma das asas torta

Num instante desses, calmo, frio, o vento toca a porta.
Traz com ele um pedido e uma lembrança de gente morta.

Não imagina algo fúnebre. Murmúrios, nem lamento.
A Hora quando chega, de tão breve, nem se nota!
A borboleta pousando nos cílios, com uma das asas torta.

As roupas estendidas, a mesa posta.
Um contínuo Adeus.
Tudo o que fica, já se despede.
           É do Súbito, que a morte gosta.

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