Júlio
Cesar Monteiro Martins
(Niterói, RJ, 2.jul.1955 – Pisa, Itália, 24.dez.2014)
O fantasma
O amor assombra
Como fantasma de louco
Na mansão abandonada
Do corpo.
O ranger
De um portão interno
Enferrujado.
O sentimento de barco
No afogado.
Há um abrir de olhos
De cada lado
E um grito surdo
E descontrolado.
Há o espreguiçar as células
A raspa da adolescência.
Há proteína demais
Nessa demência.
O fantasma do amor
É resumo espectral
De sua própria perfeição.
Transfusão
De um sangue incompatível
É soturno
É noturno
É horrível.
Mas não se há de negar
Que o monstro
Tem lá seu requinte.
Conhece veneninhos
Que revitalizam,
Que multiplicam
Por vinte.
Que abrem o peito do amante
Arfante
Para o fuzilamento
Da manhã seguinte.
(Niterói, RJ, 2.jul.1955 – Pisa, Itália, 24.dez.2014)
O fantasma
O amor assombra
Como fantasma de louco
Na mansão abandonada
Do corpo.
O ranger
De um portão interno
Enferrujado.
O sentimento de barco
No afogado.
Há um abrir de olhos
De cada lado
E um grito surdo
E descontrolado.
Há o espreguiçar as células
A raspa da adolescência.
Há proteína demais
Nessa demência.
O fantasma do amor
É resumo espectral
De sua própria perfeição.
Transfusão
De um sangue incompatível
É soturno
É noturno
É horrível.
Mas não se há de negar
Que o monstro
Tem lá seu requinte.
Conhece veneninhos
Que revitalizam,
Que multiplicam
Por vinte.
Que abrem o peito do amante
Arfante
Para o fuzilamento
Da manhã seguinte.
Comentários
Postar um comentário