Ítalo João Balen
(Caxias do Sul, RS, 28.jul.1917 – Torres, RS, 13.fev.1981)

Netuno na praia da cal
II

E mais falou Netuno em tal sentido,
enquanto as belas ninfas que o cercavam,
mudando o olhar de turvo a embevecido,
Ora o deus, ora a praia contemplavam.
Proteu, pastor marinho assaz temido
e cujos dons o Oceano transformavam,
criou na costa um forte “mar perdido”,
punindo os que Poseidon provocavam.
E a humana sensatez surgiu de novo
movida por sonoras alavancas...
Sorriu Netuno: “Poncho! Honra de um Povo!”
Então, cantando, pôs-se a espicaçar
Do coche os dois corcéis de crinas brancas...
E, triunfalmente, foi-se pelo mar!


(foto de Giacomo Geremia, 1938, cedida pelo Arquivo Histórico João Spadari Adami)
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog