Nasce, em 14 de fevereiro de 1931, AUGUSTO DE CAMPOS. Com o irmão Haroldo (1929-2003) e o amigo Décio Pignatari (1927-2012) formaram a Tríade Concretista e criaram o grupo Noigandres (de uma canção de Arnaut Daniel, trovador provençal, que significa “o olor que afasta o tédio”) e publicaram a revista com o mesmo nome, em 1952.


Augusto publicou o primeiro livro de poemas, O rei menos o reino (1951), aos 20 anos, depois de uma passagem pelo Clube de Poesia, ligado ao grupo literário da Geração de 45; um ensaio em 1970, Guimarães Rosa em três dimensões, com Haroldo. de Campos e Pedro Xisto; traduziu e.e. cummings e Ezra Pound (este com Pignatari e Xisto), em 1970. E não mais parou: em 2002 publicou “O Mito” – criação verbivocovisual em verde e branco –,relançou Poemóbiles, com o artista plástico Julio Plaza (1938-2003), pelo selo Demônio Negro (em sua terceira edição), publicou Outro (2015) e, em 2019, realizou a mostra Poemas e Contrapoemas, com obras como LUXO/LIXO (1965). Mantém-se ativo também nas redes sociais, com criações-comentários sobre a política nacional.


Revitalizou, a partir da crítica literária e da revisão histórica, poetas como Sousândrade (1833-1902), Pedro Kilkerry (1885-1917) e Oswald de Andrade (1890-1954) – poetas inventores, segundo sua definição. Publicou artigos em jornais sobre compositores como Anton Webern e John Cage, reunidos posteriormente no livro Música de Invenção (1998); também se interessa pela bossa nova e pela tropicália: publicou O Balanço da Bossa (1974) e tem parcerias com Caetano Veloso, Arnaldo Antunes (1960) e Arrigo Barnabé (1951). Em 1994, gravou o CD Poesia É Risco, com Cid Campos.



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