Recentemente, a história e a
poesia da quase esquecida VIVITA CARTIER, poeta sensível que a tuberculose
levou em idade prematura, foi resgatada com a publicação da portentosa biografia
O ocaso da colombina
– A breve e poética vida de Vivita Cartier, do jornalista Marcos Kirst (foto abaixo). Nascida em 12 de
abril de 1893, em Porto Alegre, mudou-se para Criúva, distrito de Caxias do Sul
(era neta de Rodolfo Félix Laner, um dos pioneiros da colonização de Caxias, de quem
herdou o sobrenome, artisticamente omitido), quando, aos 13 anos, foi
diagnosticada com a doença. “Assim como tantos poetas, escritores,
carnavalescos, artistas e intelectuais, ela também padeceria da moléstia afamada,
o ‘mal do século’, a ‘doença dos artistas’, a ‘maldição dos boêmios’”, escreve
Kirst. Aos 16, ela compunha marchinhas para o Carnaval e integrou o grupo
carnavalesco Os Venezianos, em Porto Alegre. Mas, morreu jovem, em 1919, sem
desfrutar o reconhecimento da qualidade de seus versos, que se
destacavam pela espontaneidade e singeleza. Publicou seus poemas em jornais e
revistas de Caxias e de Porto Alegre, teve uma intensa participação em saraus literários,
o que lhe rendeu destaque nos círculos literários e em seu obituário foi
descrita como "uma das mais legítimas representantes da intelectualidade
feminina rio-grandense", conforme Rosemary Fritsch Brum; João Spadari Adami já incluíra uma nota
biográfica no clássico História de Caxias do Sul (1864
a 1970); desde 2012,
a Prefeitura caxiense recriou o prêmio literário que tem o seu nome, criado
pela Universidade de Caxias do Sul em 1969, em uma única edição; em abril de 2013,
a Biblioteca Pública Municipal Dr. Demétrio Niederauer promoveu a terceira
edição do projeto Noite na Biblioteca, pela passagem dos 120 anos do nascimento
da poeta. Além de nomear o prêmio literário caxiense, ela é patrona de cadeiras
em duas academias literárias no Rio Grande do Sul, a de nº 11, da Academia Caxiense de Letras (ACL), e a
cadeira nº 21 da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul . Na lápide junto ao túmulo, no
cemitério de Criúva, encontra-se um trecho do poema “In Pulvis – Inscrição para meu túmulo”, que assim começa: “Aqui jazem os trágicos horrores/ Do decompor sinistro da matéria [...]”.
(A partir de ADAMI, 2. ed.,
1971, t. 1.; BRUM, EdUFMA, 2009,
p. 75; mais http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-tendencias/almanaque/noticia/2013/04/noite-para-lembrar-uma-jovem-poetisa-4098808.html;
http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-tendencias/noticia/2018/04/vivita-cartier-ganhara-biografia-no-ano-do-centenario-de-morte-10306058.html; reprodução de Vivita Cartier: https://www.google.com/search?q=vivita+cartier+imagens&biw=1366&bih=608&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=lVPGKwczx62S5M%253A%252Ca1fj6xJ5L8q0DM%252C_&vet=1&usg=AI4_-kTuKbsYlgVfy2MbtamelJ35Uta-Rw&sa=X&ved=2ahUKEwjIptTCk8vhAhW1G7kGHfKSAnUQ9QEwAXoECAkQBA#imgrc=TK5KlvjARk65tM:&vet=1)
O escritor ZULMIRO LINO LERMEN nasceu em Caxias do Sul, a 12 de outubro de 1917. Foi professor catedrático de inglês no Colégio Estadual Duque de Caxias (exerceu a atividade durante 35 anos), sociólogo, antropólogo, historiador e poeta. Ocupou a cadeira nº 14 da Academia Caxiense de Letras (ACL), fundada no dia 1º de junho de 1962, da qual era um entusiasta, ao lado do professor Mário Gardelin (1928-2019), de José Zugno (1924-2008), engenheiro agrônomo que dá nome ao horto florestal de Caxias do Sul e um dos idealizadores da Feira do Agricultor, e da professora Ester Troian Benvenutti (1916-1983), que participou da fundação do Museu Municipal e da Biblioteca Pública caxiense. Publicou Tabu (conto indígena que teve duas edições, uma 1942, pela Livraria Central Florianópolis, de Santa Catarina, e a outra em 1943, pela Tipografia Thurman, de Porto Alegre); Filhos de Caá (contos indígenas, 1943); Maratá (conto indígena regionalista sobre a fundação de Maratá, no município de Monte
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