Ele ficou conhecido por sua participação na
revista Mad, de setembro de 1956 (nº
29) até março de 1988. Ele é DON MARTIN
(Donald Martin), estadunidense nascido em 18 de maio de 1931 em Nova Jersey e
conhecido como “o mais louco artista de Mad”1. Também foi chamado de
“mestre do escracho” em matéria publicada na revista Trip2, mas,
para além dos epítetos, foi um dos responsáveis pelo sucesso da revista Mad (fundada por Harvey Kurtzman em
novembro de 1952) – junto com ele estão Antonio Prohias, Al Jaffee, Dave Berg,
Antonio Torres e Sérgio Aragones, entre tantos outros. Contratado em 1956 (ou
1955) – sua permanência na revista é saudada como “a mais duradoura e ácida
publicação de quadrinhos alternativos dos Estados Unidos”3 –, “suas
histórias, tanto as de personagens fixos como as de apenas uma página, quase
sempre sem palavras, hoje são clássicos do humor pós-guerra”, acentua Goida
(1990, p. 228). “Seu inconfundível traço e humor
nonsense, insuperáveis, começam a tomar forma a partir de 1964. Impagáveis são
as onomatopeias de suas personagens, que emitiam sons estranhos como ‘klubble
klubble’, ‘zgluk!’, etc.”, recorda Erico Molero4. Os
personagens mais conhecidos são Fester e Furúnculo (Fester Besterterter e
Karbunkle), “em histórias de grotesco e violência, com ritmo alucinante”, como
define Goida. Outro personagem que não passa despercebido é o “louco impagável”
Captain Klutz (GOIDA, 1990, p. 228). Don Martin também trabalhou em animações
para a TV e, depois de deixar a Mad,
entrou na concorrente Cracked e, em
1993 fundou a sua própria revista, a Don
Martin Magazine, além de ter vários livros de bolso com o melhor de suas
principais histórias, onde pode-se ver sua genialidade em verdadeiros
“clássicos do humor pós-guerra” (GOIDA, 1990, p. 228). No mesmo período em que
começou a desenhar para a Mad também
ilustrou capas de discos de alguns artistas de jazz da Prestige Records, como
Miles Davis (Miles Davis and Horns,
1956), Art Farmer e Stan Getz (The
Brothers Prestige), além de cartões e revistas de ficção científica. Ele
morreu em 6 de janeiro de 2000, vítima de câncer, tendo desenhado quase até o
final da vida, apesar de uma doença generativa nos olhos. “Mesmo
depois de sua morte, seu trabalho continua sendo considerado um dos mais
originais e engraçados do panteão dos grandes cartunistas alternativos
americanos, que divide com Robert
Crumb.”5 (A partir de GOIDA, 1990; MOYA, 1993; http://www.guiadosquadrinhos.com/artista/don-martin/24311,4;
https://revistatrip.uol.com.br/trip/mestre-do-escracho2,3,5)
O escritor ZULMIRO LINO LERMEN nasceu em Caxias do Sul, a 12 de outubro de 1917. Foi professor catedrático de inglês no Colégio Estadual Duque de Caxias (exerceu a atividade durante 35 anos), sociólogo, antropólogo, historiador e poeta. Ocupou a cadeira nº 14 da Academia Caxiense de Letras (ACL), fundada no dia 1º de junho de 1962, da qual era um entusiasta, ao lado do professor Mário Gardelin (1928-2019), de José Zugno (1924-2008), engenheiro agrônomo que dá nome ao horto florestal de Caxias do Sul e um dos idealizadores da Feira do Agricultor, e da professora Ester Troian Benvenutti (1916-1983), que participou da fundação do Museu Municipal e da Biblioteca Pública caxiense. Publicou Tabu (conto indígena que teve duas edições, uma 1942, pela Livraria Central Florianópolis, de Santa Catarina, e a outra em 1943, pela Tipografia Thurman, de Porto Alegre); Filhos de Caá (contos indígenas, 1943); Maratá (conto indígena regionalista sobre a fundação de Maratá, no município de Monte
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