Ela foi criada com o poder de representar, de forma particular, o poder feminino. Ela é a Mulher-Maravilha (Wonder Woman), personagem criada pelo psicólogo William Moulton Marston, mais conhecido como CHARLES MOULTON, nascido em 9 de maio de 1893, em Massachusetts, nos Estados Unidos.
Na vida civil, a personagem usava o nome de Diane Prince, uma enfermeira que escondia a verdadeira identidade da heroína: uma princesa, filha da rainha Hipólita, das amazonas (mito grego, de uma sociedade utópica, só de mulheres). É a primeira amazona a se apaixonar, e o felizardo é o piloto Steve Trevor, que cai na Ilha Paraíso, onde mora a “versão feminina do campeão superpoderoso” e suas amigas (PATATI; BRAGA, 2008). Dizem que a ideia foi sugerida pela esposa, Elizabeth Holloway Marston e pela parceira, a ex-aluna Olive Charles Byrne (os três viviam em poligamia) – daí a particularidade da personagem; nelas, o autor inspirou-se para criar a primeira super-heroína dos quadrinhos, adotada até pelos movimentos feministas, num ambiente densamente povoado pelos homens, mais uma aliada na guerra política contra a Alemanha nazista e a União Soviética – no início dos anos 40, quem estava por cima eram, entre outros, Batman (Bob Kane/Bill Finger) e Superman (Jerry Siegel/Joe Shuster). Ela, inclusive, teve o ingresso rejeitado na equipe da Sociedade da Justiça da América (precursora da Liga da Justiça América), mas aceitou trabalhar como secretária, em função do machismo que dominava a sociedade. Nas primeiras aventuras da Mulher-Maravilha, a civil Diane também trabalhou como agente secreta e... atendente numa lanchonete de fast food! Em diversas tentativas de manter o mundo em paz (apesar de reconhecer que uma briga, às vezes, é necessária).
Em outubro de 1940, Moulton publicara um artigo, sob o pseudônimo de Richard Olive, em que abordava o potencial educativo das histórias em quadrinhos – foi visto, lido e contratado como consultor educacional das companhias National Publication e All-American Publications, antes de se transformarem em DC Comics. A heroína foi desenhada por H.G. Peter, vestida de minissaia, cores da bandeira americana, que pilotava um avião invisível e tinha o laço da verdade (referência ao polígrafo, o temido detector de mentiras que aparece em filmes policiais estadunidenses, que ele havia criado), apareceu nas páginas da All Star Comics, mas logo ganhou vida própria – e estreou no Brasil em 1953. De acordo com o autor, “a Mulher-Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deve governar o mundo” – no seu entender, mulheres possuem potencial para serem melhores que os homens. Moulton é reconhecido na área da psicologia pela publicação dos livros Emotions of Normal People (1928), Venus With (1932) e The Lie Detector Test (1938). Manteve-se como roteirista das histórias da Mulher-Maravilha até 1947, quando morreu, em 2 de maio. (A partir de GOIDA, 1999; PATATI; BRAGA, 2008; Mundo Estranho Especial, nº 2; https://republicadosbananas.com.br/precisamos-falar-sobre-charles-moulton-o-criador-da-mulher-maravilha/; https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Moulton_Marston)

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