BILL EVERETT
nasceu em 18 de maio de 1917, em Cambridge. O desenhista estadunidense, apesar
de outras criações, ficou conhecido por Namor,
o Príncipe Submarino. William Blake Everett é descendente do visionário
inglês William Blake (1757-1827), um dos maiores poetas românticos dos séculos
XVIII e XIX. Tuberculoso, mudou-se para o Arizona, e foi numa recaída da doença
que ocorreu seu ingresso no mundo do alcoolismo. Em 1934 os pais o inscreveram,
um tanto forçadamente, na Vesper George School of Arts, que ele abandonou um
ano e meio depois. Foi ilustrador do jornal The
Herald-Traveler, um dos tabloides mais antigos de Boston, trabalhou em
rádio e, como freelance, na Centaur
Publications, de Lloyd Jacquet, onde assinou como William Blake e Everett Blake
– lugar onde criou seu primeiro personagem com certa relevância, Aman, o Homem
Miraculoso. Era 1939 e, em 1970, lembrou que, naquela época, “não dava a mínima
para comic books, mas como estava faminto, aceitei o trabalho na hora”1.
Mas foi naquele ano que criou o estúdio Funnies Inc., ao lado de outros
desenhistas, e o seu herói mais famoso, Namor – que gerou outros heróis
aquáticos menos famosos, Namora (prima de Namor), Betty Dean (agente policial
apaixonada pelo príncipe), Hydroman e O Barbatana, no Brasil conhecido como
Tubarão. Foi quando também começou a colaborar com a Marvel, onde revelou-se um
sucesso instantâneo2.
Uma das histórias mais lembradas de Namor é a
luta contra Tocha Humana, de Carl Burgos (1920-1984), em que os dois heróis
aderem à luta contra o Eixo e perdem a popularidade. “Mas ficou nos anais”,
lembra Álvaro de Moya (1993, p. 136). Everett precisou interromper a produção em 1942,
quando foi cooptado para combater na Segunda Guerra Mundial, de onde só
retornou dois anos depois. Em 1949, Namor
(Submarine) foi cancelado diante
da queda do gênero quadrinístico e, apesar de uma tentativa frustrada de
retomá-lo em 1954, Everett desistiu dos gibis e passou a trabalhar em uma
empresa de cartões de felicitações. Dez anos depois, quando a Marvel retornou
com força total ao mercado, o autor também voltou, desta vez com Demolidor, ao lado de Stan Lee
(1922-2018) – mas nem chegou a completar o nº 1, mesmo com a ajuda de Steve
Ditko (1927-2018), um dos criadores do Homem-Aranha.
Também não durou muito a passagem pela editora, embora a carreira de um se
confunda com a existência do outro. Ele recomeçou a trabalhar para a Marvel em
1966, finalizando os esboços do roteirista Jack Kirb (1917-1994) nas histórias
de Hulk e desenhando aventuras do Doutor Estranho. Ele morreu aos 56 anos em
decorrência do alcoolismo (havia começado a beber ainda na adolescência),
quando ensaiava uma retomada da carreira com o Príncipe Submarino, criando um crossover com o Homem-Aranha em 1973.
Que não chegou a concluir. (A partir de GOIDA, 1990; http://www.guiadosquadrinhos.com/artista/bill-everett/3771;
bdmarveldc.blogspot.com/2016/05/eternos-bill-everett-1917-1913.htlm2).
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