O poeta, crítico, professor de literatura e jornalista AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA nasceu em Belo Horizonte (MG) em 27 de março de 1937. Aos 16, iniciou a carreira jornalística publicando críticas de cinema e teatro no Diário Comercial e na Gazeta Mercantil, jornais de Juiz de Fora, para onde a família se mudara. Ao longo de sua carreira, será colaborador assíduo de jornais de Minas Gerais, São Paulo e do Rio de Janeiro – no início dos anos 90 também escreveu para o jornal Folha de Hoje, de Caxias do Sul (RS).
Publicou seu primeiro livro, O desemprego do poeta (ensaios), em 1962. Em 1963, ajudou a organizar a Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, com a perspectiva de “aglutinar as diversas frentes” das Vanguardas de 56, encontro do qual participaram, entre outros, Augusto de Campos, Décio Pignatari, Pedro Xisto, Paulo Leminski, Affonso Ávila, Haroldo de Campos e Luiz Costa Lima.
Lecionou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) – foi um dos idealizadores do curso de pós-gradua­ção em literatura brasileira – e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, como professor convidado, deu aulas de literatura e cultura brasileiras em universidades da França, da Alemanha e dos Estados Unidos.
Entre 1990 e 1996 presidiu a Fundação Biblioteca Nacional e, em 1991, criou a revista Poesia Sempre, que contribuiu para a divulgação da poesia brasileira no exterior. Foi, também, secretário-geral da Associação das Bibliotecas Nacionais Ibero-Americanas (1995).
É autor de mais de 60 livros, principalmente de poesia, ensaios e crônicas, e seus poemas foram traduzidos para o espanhol, inglês, francês, alemão, polonês, chinês e italiano. Recebeu algumas das principais comendas brasileiras, como Ordem Rio Branco, Medalha Tiradentes, Medalha da Inconfidência e Medalha Santos Dummont.
Publicado em plena ditadura militar, o poema “Que país é este?” estampou a capa do Jornal do Brasil. Ganhou as ruas, virou pôster e foi traduzido para diversas línguas. Sobre ele, comentou: “Escrever esse poema foi um parto, um exorcismo. Tempos depois eu descobriria que a indagação QUE PAIS É ESTE? estava num texto de José de Alencar e noutro de Machado de Assis. Francelino Pereira, na década de 70, líder do governo, atualizou-a. Gabeira me contou que tinha pensado em botar esse título em O que é isso, companheiro?. A frase não tem dono. Outros a usaram. A pergunta é histórica. A resposta é coletiva.” (imagem retirada do site www.rocco.com.br/blog/que-pais-e-este-poema/)

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