KARLOS CHAPUL nasceu em 13 de junho de 1959, no Rio de Janeiro. No final dos anos 70, grafitava nos muros do Rio de Janeiro um “poemínimo”: “não milito / militar / me limita” – mas nunca deixou de publicar de forma independente, inclusive pelos Correios. Era o tempo da arte postal, quando fez contato com autores da “geração marginal”, da poesia engajada.
Chapul não tem livros publicados, embora nos anos 80 tenha ocupado as páginas de revistas alternativas – hoje, sua forma de comunicar é a mídia social. Em entrevista ao postblog.com.br afirmou: “A mídia da poesia é o tempo. [...] Se temos uma sociedade da velocidade, então temos que ter uma linguagem veloz.”
Há cerca de 30 anos, Chapul mantém o projeto Haibun, “um poemosaico composto de poemínimos”, e, diariamente, os haicais podem ser lidos no Facebook e também no Instagram (@karloschapul).

* * * * *

de plop em plop
a rã de bashô
ficou pop

* * * * *

do dia cansado
o dia adormece
e vira de lado

* * * * *

espada de samurai
chama o samu
ai

* * * * *

pouco a pouco
todo haicai é dar
pérolas aos loucos

* * * * *

toma nota garoto
dizer muito com pouco
podes crê é lôko

* * * * *

sou da paz
se acender
o cachimbo
quero é mais


Comentários

  1. não fico mais sem curtir, compartilhar anotar seus versos. Leves, relaxantes, otimistas, críticos, engraçados, ecológicos, divertidos... de todo tipo

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