Patrono da Academia Caxiense de Letras (ACL, cadeira nº 6), BENTO DE LAVRA PINTO, nasceu em 7 de setembro de 1843, em Porto Alegre. Em 1876, mudou-se para Caxias do Sul como diretor de Terras e Colonização do governo da província gaúcha, depois chefe da Comissão de Terras para o planalto do Campo dos Bugres. Foi, também, inspetor escolar, professor e filólogo.

Depois de sua morte foi publicado o volume de poesias Ensaios (1943). Contista, escreveu Feudalismo, Sonho medieval (1906), Sombras errantes e Ao luar dos desenganos (1911). É o mais velho dos irmãos Arthur, Alfredo, Carlos e Cyro, que também dedicaram-se à escrita, literária ou artística. Bento colaborou com diversos jornais, entre eles a Gazeta Colonial (1905-1909), A Folha (1906-1907), A Verdade (1907-1908) e O Orientador (1909-1910); destes três participou da fundação com José de Vargas e também foi diretor.

Organizou o primeiro grupo de intelectuais do núcleo de povoamento – que se reunia periodicamente para os seus desafios poéticos, no prédio n.o 858, à rua Marechal Floriano, de propriedade de Nicolau Luiz Amoretti, prédio onde havia um albergue, e onde esteve instalada a primeira agência do Correio de Caxias, em frente à atual Livraria do Maneco –, do qual também fez parte o escritor José Bernardino dos Santos (1848-1892).

Faleceu em Caxias do Sul, em 15 de fevereiro de 1911. É nome de rua e de colégio no município – foi também quem instituiu a primeira escola pública municipal caxiense de língua portuguesa, em 1913, subvencionada pelo Governo do Estado.

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