PEDRO MARODIN é escritor independente. Nasceu em 17 de novembro de 1963, em Porto Alegre (RS). O primeiro livro, Ermitage, foi publicado em 1988 – de 2009 a 2011 manteve o blog pedromarodin.blogspot.com, que marcou os 21 anos de atividade poética com a publicação de 21 textos, reunidos no livro Vinte e um.

Seus poemas também podem lidos em Buquê de flores (1999), em que conjuga poesia e fotos, Sexo das flores (1990) e na Coletânea de poesia contemporânea (2013); escreveu, ainda, crônicas em O coração humano – uma leitura poética (2010) e Sem meias palavras (2007) e uma novela, O grande minerador (1994); Triskel, voltado para o público infantojuvenil, e a fábula Toninho, o pescador, foram publicados em 2009.

Participou do Grupo Camões Baby – ao lado e Mario Pirata, Caio Gomes, Ricardo Silvestrin e Alexandre Brito, entre outros – e das rodas de poesia no Brique da Redenção, em Porto Alegre, nos anos 80; na década de 1990 viajou pelo Brasil apresentando-se em feiras do livro, encontros e congressos de literatura. No período, fez parte dos projetos Autor Presente e O Autor na Paz, do Instituto Estadual do Livro (IEL).

Relatos de suas experiências podem ser encontrados no livro Diário de um poeta pé na estrada (em 2009, 5ª edição) ou em www.facebook.com/pedromarodinpoeta/

* * *


igual a uma pedra sozinha


na beira da praia

esperando

com sua paciência milenar

assim espero meu amor

quando, de súbito,

me surpreende

com seu abraço atlântico,

me envolvendo por todos os lados

com suas ondas de beijos

ahhh,

a maré alta...


* * *


sinto-me inundado por dentro


neste mar de amor e poesia,

navegando em um barco

sem leme, nem vela,

rimando, remando, rimando

pra quem sabe, um dia,

tocar as margens

da tua doçura


* * *


o dia é a roupa das estrelas


e à tardinha se despem

pra de noite nos seduzir


duas são tuas luas

a me iluminar

e se precipitam à terra

quando as beijo e acaricio


gemendo e suando

é teu corpo dançando

um mar agitado a me levar

cada onda que crias, um delírio;

e navego por toda tua pele

sem pressa de atracar no cais


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