HEITOR MORAES nasceu em Jaguarão (RS) em 27 de julho de 1878. Morou em diferentes cidades – em Ponta Grossa (PR), publicou o primeiro livro, Violetas, em 1925; o segundo livro, Ao luar da música, foi editado em Santos (SP). As crônicas de Este Livro, de 1932, chegaram ao púbico a partir de Jaguarão, bem como os perfis de Juventude e Velhice, de 1933. Vigílias do Passado, de 1948, foi publicado em Porto Alegre.

Residiu em Caxias do Sul, onde exerceu o fazer poético e o jornalismo, no jornal O Momento, e onde faleceu, em 1958.

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QUASE AO PARTIR

Vi-te risonha na manhã bem linda

pedindo a Deus para eu não ir embora.

Oh! quanta crueldade! – lembro ainda, –

pois da partida se apressara a hora.

Nesse apêrto de mão que tu me déste,

é que vi como é triste a despedida...

Tu juraste... e a jura que fizeste

alentou para sempre a minha vida.

Ante uns olhos amados rasos d’água,

eu implorei a ti, piedosamente,

uma prova de afeto ou de carinho...

E chorando contrito minha mágua,

eu te disse baixinho, tristemente:

– Quanta saudade fica no caminho!...