O poeta EUCAJUS, nasceu Eugênio Carlos de Jesus, no dia 24 de outubro de 1961, em Caxias do Sul. Em 1984, publicou Alucinação, em 1989, Flor de Metal (Coleção Flores da Borra, nº1) e, na sequência, Espelho sem fundo. Em 2012 reuniu cinco livretos na caixa Poeta da Galera, e em 2020, publicou Falei com Da Vinci... e a coletânea Língua solta: poesia antes do fim.

Administra a Eucajus Criações Culturais Ltda. (eucajus.com.br) e idealizou, entre outras coisas, a Cyber das Letras, que aconteceu durante a 23ª Feira do Livro de Caxias do Sul, em 2008, quando o público teve acesso à poesia do mundo inteiro, via internet.

Sua poesia circula em formatos que vão além dos livros, como pode ser observado na imagem, criados a partir dos anos 90 – envelopes (como Cióptico da Terra), embalagens de cigarro (Arte sem filtro) e para rolo de filmes fotográficos (Baseado Eucajus).

Apresentou, em 1998, no antigo Cine Imperial, o espetáculo Xampu Poesia Sonora. Ativista cultural, participou do Grupo Cultural Equos na década de 1970; na década seguinte, fundou a Guernica Tribo de Cultura, quando passou a produzir shows, exposições, peças tetrais e o tablete cultural Cabeça.

* * *




FERRAMENTA III


No copo da solidão

a cachaça do sentimento

o açúcar do sofrimento

e o gelo da verdade

eis a caipira da depressão.


* * *


COMO SABER, AINDA


– Não durma!

Me dizem

porque

às vezes

acordado

fecho os olhos.


* * *


SEM ESSA DE CENSURA


Sem essa de censura

sou a palavra pelada

em melhor, nem pior

que a palavra nua

 

Problemas com o pudor?

Fique com a palavra nua

mas for amor,

pelada serei tua!


* * *


DESCULPAS


Gosto muito de você

certas coisas não se discutem.

 

Antes que a gente

comece outra briga

me desculpe.




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