Antônio Frederico de Castro Alves
(Salvador, BA, 14.mar.1847 – Salvador, BA, 6.jul.1871)
O
gondoleiro do amor
Teus
olhos são negros, negros,
Como
as noites sem luar...
São
ardentes, são profundos,
Como
o negrume do mar;
Sobre
o barco dos amores,
Da
vida boiando à flor,
Douram
teus olhos a fronte
Do
Gondoleiro do amor.
Tua
voz é cavatina
Dos
palácios de Sorrento,
Quando
a praia beija a vaga,
Quando
a vaga beija o vento.
E
como em noites de Itália
Ama
um canto o pescador,
Bebe
a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.
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