Marcelo Brettas
(SP, 31.mar)
Sou montanha de algodão
Algoz de um ser que nem sei
Parto em poucos pedaços
Morro em sopros sem vida
Divago em céus sem cor
Sinto dores de tantos e tantas
Corpos sem cara e nem forma
Finjo que viver é algo simples
Morro lento, levado pelo vento
Cicatrizes e dores me marcam
Passa o tempo para o mundo
Para mim, só resta temporal
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