Nil Kremer

(Caxias do Sul, 22.mar)

 

 

o custo da pele sob a alma

da entrega que custo tem

o custo da viga desatinada

do sol carcomendo a derme

dos vermes que alimentamos

dos anos escorrendo da íris

o custo da animalidade

da conversa olhos no chão

da dinamite sem explosão

do que não tem ritornelo

dos castelos de areia

do sal que tempera miragens

do abono que não paga a miséria

do metrônomo solitário

do calendário cavalo arisco

do cisco que cisma

em arrancar rios

de nossos córregos

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