Sebastião Cícero Guimarães Passos
(Maceió,
AL, 22.mar.1867 – Paris, França, 9.set.1909)
Mea culpa
Não é tua alma o lírio imaculado,
Que à luz de uns olhos puros se levanta,
Pois não fulgura em teu olhar a santa
Chama, que brilha isenta do pecado.
Se o teu seio palpita apaixonado,
Se a voz do amor nos teus suspiros canta,
Não me ilude o queixume, que à garganta,
Quebras, para me ver mais desgraçado!
Eu bem sei quem tu és… Mas, que loucura
Arrasta-me a teus pés como um cativo!
Mostra-me o inferno a aberta sepultura:
E abraçado contigo, ó pecadora!
Eu desço-o tão feliz como se fora
Um justo ao claro céu subindo vivo.
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