Raquel Gaio

(Rio de Janeiro, RJ, 31.mar)


a pele dotada de sintoma- tessitura sísmica eu você o sangue- vazios canforados

há o buraco que trago em minha boca, o dente 46 em falta

a palavra é um corvo eu vejo com a garganta riscada

 

o que te oferto é uma tessitura de punhos queimados

o presságio de uma cabeça castigada pelo sal

o fogo silencioso de meus semelhantes

um país devorado pelo bico de um pássaro.

 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog