Carolina Ramos
(Santos,
SP, 19.mar)
Silêncio
O
silêncio sucede à voz da tempestade.
No
silêncio do aroma, inteira dá-se a rosa,
a
oferecer à vida a sua amenidade
e
em silêncio a desfolha a insensatez maldosa!
Há
silêncio no espaço. E densa nebulosa
guarda
estrelas sem conta! A penumbra persuade
de
que se oculta em véus, talvez, porque invejosa
desses
sonhos de luz, de brilho e de verdade!
Se
o silêncio de um beijo, ou tantos que colhemos,
em
transportes de amor, em anseios supremos,
a
vida transformar em pedras contra nós,
silenciemos,
calando a mesquinhez do mundo,
que
não entende a voz do nosso amor profundo,
nem o amargo e infeliz cansaço de dois sós!
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