Leila
Guenther
(Blumenau,
SC, 30.jun)
corpo fechado
Vivo cada vez mais
longe dos homens
e mais perto dos cães
cada vez mais longe dos olhos
e perto do coração
cada vez mais longe do barulho
e mais perto do som
cada vez mais longe da lâmpada
e perto do fogo
cada vez mais longe do asfalto
e perto do mato
Vivo cada vez mais longe do grito
e perto da palavra
mais longe do telefone
e perto dos violões
cada vez mais longe das telas
e perto das portas
cada vez mais longe das redes
e perto dos peixes
Vivo cada vez mais longe da vírgula
e perto do ponto final
Cada vez mais vivo
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