Vânia Ortiz

(Amparo, SP, 8.jun)


Destino

É a vida que se fissura nas mãos


entrelaçadas no tempo

e as nuvens que se desdobram,

são crepúsculos perdidos.

É o mundo rodopiando

na instabilidade dos polos,

no eu que geme

a perda de ser vida.

São os dedos calejados

Agasalhando as palavras,

são versos perdidos

nas entrelinhas dos vocábulos.

São as louquices dementes

com que se sorvem venenos terrenos

e os atos crentes dos descrentes

jazem, dissimulados.

É a vida, a humanidade, a morte

no amor transformado de gente.

É o ato de renascer

parindo-se no choro bravio do parto.

É o ciclo que recomeça:

o teu e o meu,

nas páginas do destino.

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